A falta de vacinas pelo Brasil preocupa profissionais da saúde. De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo Lula, há a possibilidade de piora neste cenário nos próximos meses.
Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (10/05), Carlos, que também é secretário estadual de Saúde do Maranhão, disse que uma terceira onda no país, aliada à uma nova cepa, seria “um desastre.”
“Infelizmente, isso ainda pode piorar nas próximas semanas. A gente acredita que a partir de julho devemos acelerar o processo de vacinação, mas, até lá, teremos muitos problemas”, afirmou.
A exportação atrasada do principal insumo para a produção das vacinas Coronavac e AstraZeneca, o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), também preocupa. Segundo Carlos, as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a China, na semana passada, causaram “muita preocupação”, já que o país é “o principal fornecedor de insumos para os imunizantes.”
Apesar de entender os motivos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas omissões e irregularidades nos gastos do governo federal durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, Carlos Lula também lamentou o momento em que ela ocorre.
“O que a gente sentiu é que a intensificação da disputa na CPI desfoca o Ministério da Saúde. Boa parte das decisões que poderiam ter sido tomadas na semana passada se perdeu diante dos holofotes jogados à Comissão.”
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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