O Ministério da Saúde decidiu nesta terça-feira, 11, suspender o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca em gestantes e puérperas após o registro da morte de uma grávida do Rio de Janeiro que havia sido vacinada.
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Vacina da AstraZeneca: obstetras aconselham as grávidas a não se imunizaremCOVID-19: com média móvel de 247 mortes, Minas ultrapassa 36 mil no totalBH reabre nesta quinta-feira cadastro para vacinar pessoas com comorbidadescoronavirusbrasilO evento adverso já havia feito a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientar, na noite de segunda-feira, 10, a interrupção da utilização do imunizante nesse grupo populacional.
A decisão do ministério, disse a pasta, foi tomada por precaução até que seja concluída a investigação para determinar se o óbito tem ligação com a vacina, o que deve ocorrer nos próximos dias.
O órgão federal determinou também que a campanha de imunização com qualquer vacina contra a COVID-19 fique restrita a gestantes com comorbidades, que são as que têm o maior risco de agravamento da doença e para quem os benefícios da vacina superam eventuais riscos.
No novo cenário, portanto, apenas gestantes com alguma doença crônica poderão ser vacinadas e somente com os imunizantes Coronavac ou da Pfizer.
De acordo com o ministério, os eventos adversos das vacinas contra o coronavírus são extremamente raros.
Até agora, das 22.295 gestantes imunizadas contra a COVID-19 no país (somadas as aplicações das vacinas da AstraZeneca, Pfizer e Coronavac), foram registrados 408 eventos adversos, dos quais somente 11 foram considerados graves. Oito deles já tiveram a relação com a vacina descartada.
Sobre as gestantes que já tomaram a primeira dose da AstraZeneca, a orientação do ministério é esperar a conclusão da investigação do caso e novas recomendações federais antes de tomar a segunda dose.
Essas mulheres também não devem tomar segunda dose de outro fabricante, já que não há estudos sobre eficácia e segurança da mistura de imunizantes diferentes.
O ministério informou que a gestante morta tinha 35 anos e morava no Rio. De acordo com a Anvisa, a paciente teve um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico que resultou no óbito da mulher e do feto.
O obstetra e secretário de Atenção Primária à Saúde do ministério, Raphael Parente, esclareceu que a própria gravidez aumenta o risco de problemas de coagulação, como tromboses, e que, por isso, é preciso finalizar a investigação para determinar se foi a vacina a causadora do óbito.
Por ano, são esperados 3 mil casos de trombose entre gestantes, disse Parente.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fantinato, disse que os eventos adversos são extremamente raros e o risco de uma gestante morrer de COVID-19 é muito maior do que qualquer risco da vacina.
"O número médio de internações de gestantes por COVID é de 200 por 100 mil gestantes. (O número de) Óbitos é de aproximadamente 20 por 100 mil. E a trombose por plaquetopenia pós-vacinação é 1 caso por 100 mil. Esse é um evento bastante raro", declarou.
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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