A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (13/5) uma nova associação de anticorpos (banlanivimabe e etesevimabe) para o tratamento da COVID-19. As substâncias são produzidas em laboratório e quando injetadas no organismo atuam como anticorpos presentes no corpo humano. A decisão da Anvisa, no entanto, autoriza o uso do medicamento apenas nos hospitais, já que ele é aplicado por infusão intravenosa e precisa do auxílio de um profissional de saúde. Dessa forma, o medicamento não poderá ser adquirido em farmácias.
O uso do banlanivimabe e do etesevimabe só é indicado para o tratamento da forma leve e moderada da doença em adultos e crianças a partir de 12 anos, que pesem pelo menos 40 quilos. Além disso, a indicação é para pacientes que apresentam alto risco de progressão da doença para a forma grave ou que possa levar à necessidade de internação.
“A associação não deve ser usada em pacientes que já estejam hospitalizados com COVID-19 ou que necessitem de oxigênio ou ventilação mecânica no tratamento”, diz a nota da agência.
Apesar de já estar aprovado pela Anvisa, a incorporação do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda depende da avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). A Conitec avalia nesta quinta-feira a incorporação de outro medicamento de associação de anticorpos (casirivimabe e imdevimabe) no SUS, já aprovada pela Anvisa anteriormente.
A relatora do processo e diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, que votou pela autorização do uso emergencial da nova associação de anticorpos (banlanivimabe e etesevimabe), explicou que a decisão foi tomada diante da ponderação dos benefícios para a saúde pública em comparação aos eventuais riscos.
“A expectativa com a autorização de uso emergencial e experimental de medicamentos contra a covid-19 é sempre ampliar as opções terapêuticas e, principalmente, aliviar a carga em nosso sistema de saúde, diminuindo o agravamento das condições clínicas de pacientes com covid-19 e o risco de morte”, afirmou Meiruze.