A Polícia Civil de Santa Catarina terminou o inquérito sobre o ataque à creche Aquarela, em Saudades, no oeste do estado. O homem de 18 anos, preso em flagrante pela ação, foi indiciado por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio. O inquérito seguirá para o Ministério Público.
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A investigação apontou que o acusado tentou, por diversas vezes, comprar armas de fogo e que a ideia era atacar a escola em que ele estudava. Como não conseguiu o armamento, o alvo mudou para vítimas consideradas mais fáceis. No ataque, morreram três crianças com menos de dois anos e duas funcionárias da creche. "Já foi covarde e isso mostra que ele foi ainda mais covarde. Ele foi descontar em pessoas inocentes", afirmou o delegado.
O crime
De acordo com a investigação, o rapaz já planejava o crime desde o ano passado. Ele foi trabalhar normalmente na manhã daquele 4 de maio e, por volta das 9h50, foi para a creche. "Ele estava com pressa porque queria atingir o máximo de pessoas possível. Tentou entrar em várias salas", disse. Para executar o crime, ele comprou duas facas que foram adquiridas pela internet e chegaram cinco dias antes.
Segundo o delegado, nem a família dele e nem as pessoas do convívio sabiam que ele estava planejando o crime. "Não só a família como as pessoas do ciclo dele, ninguém tinha ideia, ele nunca tinha demostrado, ele nunca exteriorizou", disse o delegado. Na investigação, a polícia escutou diversas testemunhas e apreendeu dois computadores e um pen drive.
O rapaz foi autuado em flagrante no dia do crime e a prisão foi convertida em preventiva. Ele já recebeu alta do hospital em que estava internado, depois que tentou cortar o próprio pescoço e foi encaminhado ao presídio.
Relembre o caso
Em 4 de maio, o jovem de 18 anos invadiu a creche onde estavam 20 crianças com menos de dois anos de idade. A primeira pessoa atacada foi a professora Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos. Ferida, ela correu para uma sala de aula onde estavam quatro crianças e a agente educacional Mirla Renner, de 20 anos. Mirla ainda chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
As outras três vítimas são Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses, Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses, e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses. Todas as vítimas foram atingidas com, pelo menos, cinco golpes de faca. A quarta criança, um bebê de 1 ano e 8 meses, recebeu alta no domingo (9/5).
Ele também tentou entrar em outras salas, mas foi impedido pelas professoras que trancaram os ambientes e seguraram as portas.