A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil (Decor), prendeu, na manhã desta quarta-feira (19/5), sete pessoas que teriam participação na chamada "máfia dos concursos". Entre os envolvidos, quatro são servidores da Secretaria de Saúde.
Esta é a sétima fase da Operação Panopte, voltada para identificar e reprimir fraudes em concursos públicos ocorridas no Distrito Federal. O foco das diligências no momento está no concurso da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, realizado no ano de 2015. Segundo o delegado-chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil, Adriano Valente, os servidores da pasta presos teriam, aparentemente, ingressado ilicitamente no serviço público.
Os suspeitos envolvidos podem, ao final da investigação, ser indiciados por crimes de fraude a certame de interesse público, organização criminosa, uso de documento falso e corrupção ativa. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
De acordo com a Polícia Civil, as prisões temporárias, com prazo de cinco dias, foram determinadas para auxílio da apuração do caso que ainda se encontra em curso. Por essa razão, os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Além das prisões, os policiais realizaram ordem de busca e apreensão em sete imóveis residenciais localizados nas regiões administrativas do Gama, de Taguatinga, Ceilândia e Samambaia.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que está à disposição para colaborar com as autoridades policiais prestando as informações que forem solicitadas.
Operação Panoptes
Desde a primeira fase da operação, deflagrada em 2016, mais de 70 investigados foram indiciados, entre membros da organização criminosa responsáveis pelas fraudes, pessoas que prestaram algum tipo de auxílio e funcionários públicos aprovados ilicitamente em concursos como o do Superior Tribunal de Justiça e os da Secretaria de Educação e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.