Uma festa rave com cerca de 70 pessoas foi interditada na noite do último sábado (15/5), em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Depois de a polícia ter interditado o local, uma caixa do remédio ivermectina (conhecido por fazer parte do 'kit-covid', juntamente com outros medicamentos sem comprovação cietífica no combate ao coronavírus) foi encontrada no chão.
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Duas festas clandestinas com 700 pessoas são encerradas em São PauloVeja vídeo: PMs são recebidos com pedradas e cadeirada em festa clandestinaFesta clandestina com mais de 100 pessoas é autuada na zona leste da cidade de SPRodrigo conta que 'no local havia cerca de 70 pessoas, com nome na lista de presença, venda de ingressos. Não tinha nenhum indício de ser uma festa familiar, como foi dito pelos organizadores do evento.' Ele completa que 'foram apreendidas várias drogas e pela primeira vez uma caixa de ivermectina, que estava com alguns comprimidos já ingeridos.'
"Estas festas clandestinas estão acontecendo com frequência neste período de pandemia do COVID-19. Recebemos denúncias e interditamos diversos eventos, o que é uma situação preocupante, visto que temos 32 pessoas na cidade a espera de leitos de UTI, e estamos praticamente entrando na terceira onda de contaminação deste vírus", ressaltou o diretor de fiscalização.
Segundo o infectologista e professor de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Unaí Tupinambás, o risco maior de estar tomando este remédio e participar de uma aglomeração, é a falsa sensação de segurança, ou seja, a pessoa acredita que tomando este medicamento ela estará protegida de contrair e/ou transmitir o vírus. Porém, esse remédio, assim como a cloroquina, outro medicamente sempre citado, não tem comprovação cietífica contra a COVID-19. Além disso, a nova variante do vírus está acometendo pessoas das mais diversas idades, e os jovens estão com maior taxa de internação nas últimas oito semanas.
O clínico e coordenador do Laboratório Hermes Pardini, Carlos Rodrigues Alencar, explicou que 'a mistura da ivermectina com drogas ou bebidas alcoólicas, pode aumentar os efeitos do álcool e dos entorpecentes, ocorrendo uma sobrecarga do fígado. Já em pessoas contaminadas pela COVID-19, a mistura do medicamento nestes casos, pode acarretar em uma piora no estado de saúde geral do paciente.'
*Estagiária sob supervisão do subeditor Daniel Seabra