O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que o governo federal não dialogou com o estado sobre o envio dos 600 mil testes para detecção do novo coronavírus. O envio dos exames foi anunciado pelo Ministério da Saúde na noite deste sábado (22/5).
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Para conter cepa indiana, Saúde implementa barreiras sanitáriasBrasil registra 1.764 mortes por covid-19 neste sábadoGoverno nega transmissão comunitária de nova cepa e vai ampliar testagemEm entrevista à Globo News, Dino disse que o Maranhão já tem o planejamento para uso dos testes. Mas, chamou a medida do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de "improvisação".
Por outro lado, garantiu que vai implementar a testagem nos aeroportos e rodoviárias de São Luís e Imperatriz (MA). “A testagem em massa é um requisito para frear a doença. A parte do Governo do Maranhão está garantida para começar (o serviço) no mais tardar terça-feira”, disse.
Testes serão usados em bloqueio de passageiros
A medida ocorre após o registro de seis casos de infecção pela nova cepa em tripulantes de um navio em São Luís.
De acordo com o Ministério da Saúde, o carregamento vai sair do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP) ao meio-dia deste domingo (23/5). Portanto, deve chegar à capital maranhense na próxima tarde.
Dino também pediu que a medida não se estenda apenas ao Maranhão, mas a todos os voos e navios que chegam ao Brasil. Na mesma coletiva, o ministro Marcelo Queiroga disse que 2,4 milhões de exames serão enviados a outros estados que fazem fronteiras com países como Argentina e Paraguai.
“São 600 mil unidades de teste rápido para o Maranhão, para que faça um bloqueio de passageiros nos aeroportos e nas fronteiras. Qualquer passageiro que tiver um teste rápido positivo fará RT-PCR com a pesquisa genômica, no intuito de detectarmos a variante indiana”, afirmou o ministro Marcelo Queiroga.
“Estamos atentos também com possíveis casos que surjam em outros estados e as medidas serão as mesmas. Buscar uma testagem mais efetiva para o bloqueio da variante indiana e outras variantes que podem aparecer”, completou.
Queiroga também disse que pretende adquirir mais testes. Os aeroportos com trânsito de passageiros de outros países também devem receber exames, segundo o ministro.
"Queremos impedir que haja uma eventual propagação dessa variante. Ainda não está comprovada sua transmissão comunitária", disse.