O juiz Renato César Dorta Pinheiro, titular da comarca de Abadiânia, condenou nesta terça-feira, 25, João Teixeira de Faria - o João de Deus - a dois anos e seis meses de reclusão por violação sexual mediante fraude. Com essa decisão, as penas impostas ao médium já ultrapassam 64 anos.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás, o processo em questão envolvia dez vítimas apresentadas pelo Ministério Público do Estado, mas a Justiça rejeitou a acusação em relação a nove delas e o processo seguiu com apenas uma.
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O líder religioso nega as acusações de abuso sexual. Todas as condenações estão em fase de recurso no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.
O médium ficou preso entre dezembro de 2018 e março de 2020 no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, mas deixou o presídio para cumprir pena em regime domiciliar por pertencer ao grupo de risco em caso de contágio pela COVID-19. Desde então, é obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com testemunhas e vítimas.
Com a palavra, a defesa de João de Deus
A reportagem busca contato com a defesa do médium. O espaço está aberto para manifestações.