A Pfizer anunciou, ontem, o início de testes clínicos no Brasil para medir a eficácia e segurança da sua vacina contra a COVID-19 em gestantes. O estudo será realizado com 200 grávidas acima dos 18 anos e saudáveis, distribuídas em quatro centros de pesquisa pelo país. A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais participará dos estudos.
Leia Mais
coronavirusbrasilFalso: Tuíte engana ao dizer que Bolsonaro recusou a Pfizer por estratégiaMinistério da Saúde espera receber 30 freezers para armazenar vacinas da PfizerGoverno confirma compra de 100 milhões de doses da vacina da PfizerAnvisa autoriza que vacina da Pfizer fique em geladeira comum por 31 diasConass: Brasil registra 2.398 mortes de COVID-19 em 24hMãe luta por tratamento de criança com garganta em processo de 'fechamento'As gestantes brasileiras participarão das fases 2 e 3 do estudo mundial, que envolve um total de 4 mil mulheres entre a 24ª e a 34ª semanas de gestação. Além da Faculdade de Medicina da UFMG, os centros escolhidos para liderar o levantamento no país são o Centro Multidisciplinar de Estudos Clínicos, em São Bernardo do Campo; o CMPC Pesquisa Clínica, em Sorocaba; e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
"As mulheres grávidas têm um risco aumentado de complicações e de desenvolver a forma grave da doença. É muito importante reunirmos evidências sobre segurança e eficácia da vacina para este grupo, pensando no binômio mamãe e bebê", comentou a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.
Suspensão
A vacina da Pfizer/BioNTech contra a COVID-19 foi a primeira a receber no Brasil o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A empresa firmou um contrato com o Ministério da Saúde para fornecimento de 100 milhões de doses até o final deste ano.
Há duas semanas, o ministério suspendeu a aplicação da vacina produzida pela Universidade de Oxford/AstraZeneca em gestantes e puérperas como medida de precaução, após a morte de uma grávida do Rio de Janeiro que havia sido vacinada. O evento adverso também impulsionou a Anvisa a orientar a interrupção do imunizante nesse grupo.
A orientação mais recente indica que a vacinação em gestantes e puérperas com comorbidades que ainda não receberam a vacina deve ser feita com aquelas que não contenham vetor viral, como a Coronavac ou a da Pfizer. Já para as grávidas sem comorbidades pertencentes a outros grupos, como profissionais da saúde ou de outros serviços essenciais, a imunização fica condicionada à prescrição médica, após avaliação de benefício.
Moderna em adolescentes
A Moderna informou ontem que sua vacina contra o novo coronavírus se mostrou eficaz em adolescentes entre 12 e 17 anos em estudo de fase 2/3 realizado nos Estados Unidos. Segundo a farmacêutica, os testes contaram com 3,7 mil participantes, entre os quais não houve casos sintomáticos de COVID-19, sugerindo eficácia de 100%. Com base nos resultados, a empresa pretende solicitar, em junho, a autorização para uso emergencial nos EUA, onde o imunizante já pode ser aplicado em adultos. Se aprovado, o produto será o segundo com permissão para uso em adolescentes no país, após a injeção da Pfizer com BioNTech ter sido liberada nessa faixa etária este mês.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
- Veja onde estão concentrados os casos em BH
Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casa
Animais de estimação no ambiente doméstico precisam de atenção especial
Coronavírus x gripe espanhola em BH: erros (e soluções) são os mesmos de 100 anos atrás