Após paralisar a produção de vacina contra a COVID-19 no Brasil por quase um mês por causa da falta de insumos, o Instituto Butantan voltou produzir doses da CoronaVac nesta quinta-feira (27/5). A retomada foi possível graças ao recebimento de 3 mil litros do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) realizado na última terça-feira (25).
A partir dessa quantidade de insumo, o Butantan irá produzir 5 milhões de doses da vacina contra a COVID-19, que serão entregues ao Ministério da Saúde. O processo de produção do imunizante, que passa pelo envase, rotulagem, embalagem e controle de qualidade, dura aproximadamente de 15 a 20 dias.
Com isso, a próxima entrega de doses da CoronaVac deve ser feita somente em meados de junho. Até o momento, o Butantan já entregou 47,2 milhões de unidades, cumprindo o primeiro contrato de 46 milhões de doses firmado com o governo federal. As novas vacinas fazem parte do segundo contrato com a pasta que prevê a entrega de 54 milhões de doses.
Questionado durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19 nesta quinta, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o Butantan teve que parar a produção da CoronaVac por cerca de um mês. A última entrega de vacinas feita pelo instituto paulista ao ministério foi em 14 de maio.
Além disso, Covas afirmou que as declarações de autoridades brasileiras contra a China atrapalham as relações e causam entraves burocráticos na importação do IFA.