A retomada precoce das atividades em praticamente todo o Brasil é a principal causa da nova onda de covid-19 em formação. A avaliação é do novo Boletim InfoGripe, divulgado ontem, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com a normalização da mobilidade diante de números ainda muito altos de casos e mortes, o novo coronavírus voltou a circular com intensidade. Assim, tornou-se praticamente inevitável o recrudescimento da pandemia. Há mais de 75% de chances de que essa piora ocorra em 11 unidades da Federação (incluindo São Paulo) e de 95% em outras três, segundo o levantamento.
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Vacinação: BH chega a 40% de vacinados com a 1ª dose contra COVIDPaciente com variante indiana em Juiz de Fora pode ter alta domingoBH tem queda em todos os índices de monitoramento da COVID-19PM usa balas de borracha para dispersar protesto em Recife; vejaContra Bolsonaro, manifestantes se juntam na Praça da Liberdade, em BHO boletim mostra, também, que, mesmo nos estados nos quais houve estabilização, ela se deu em patamares muito elevados. São similares aos dos picos da epidemia em 2020. Segundo Gomes, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul apresentam sinal forte (probabilidade superior a 95%) de crescimento na tendência de longo prazo. Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins apresentam sinal moderado (probabilidade maior que 75%) sob o mesmo ponto de vista.
Nos demais estados, foi observada interrupção da tendência de queda. É o caso de Acre, Espírito Santo, Minas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rondônia. O Ceará apresenta indícios de estabilização.
O novo boletim alerta que, desde a semana epidemiológica número 14, diversos estados apresentam valores similares ou superiores aos observados ao longo de 2020. Gomes destaca, ainda, que as estimativas reforçam a importância da cautela na flexibilização das medidas de distanciamento social. “A interrupção da queda pode ser atribuída em parte à retomada de circulação da população e, consequentemente, à maior exposição ao vírus”, salientou.