Ao contrário do que se vê em Serrana (SP), as cidades vizinhas — Ribeirão Preto, Cajuru, Brodósqui e Altinópolis — sofrem com o aumento no número de casos e mortes pelo novo coronavírus devido a uma vacinação mais lenta. Por isso, foi necessária a adoção de medidas rígidas para conter o avanço da COVID-19. Ao todo, 12 cidades da região anunciaram maior rigor com o isolamento social no último mês. Em Ribeirão Preto, maior município, o índice de ocupação nas unidades de terapia intensiva (UTIs) chegou a 95% na última quarta-feira.
O infectologista do Laboratório Exame, José David Urbaez, explica que a escolha de Serrana não foi feita aleatoriamente. “Trata-se de uma população de 30 mil pessoas e uma cidade maior não nos daria essa riqueza de dados. As cidades ao redor devem investir em todas as medidas sanitárias, porque não têm a possibilidade, agora, de alcançar uma alta taxa de população vacinada”, ressaltou.
Epicentro
Pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) com o Instituto Adolfo Lutz mostra a tendência de piora da pandemia em Ribeirão Preto e Franca nas próximas duas semanas. Segundo o estudo, é possível que a região se torne um novo epicentro da doença no estado. Em Ribeirão, foram decretadas medidas como o fechamento de supermercados para clientes e suspensão do transporte público.
De acordo com o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Leonardo Bastos, é necessário que Serrana mantenha todos os cuidados para a não proliferação do novo coronavírus. “A cidade deve continuar recomendando o uso de máscaras de qualidade, distanciamento físico, dar preferência a ambientes ventilados por um tempo e ir relaxando aos poucos, à medida que indicadores de novos casos diminuem. Isso é importante, pois o país segue num momento de transmissão comunitária extremamente alta. Naturalmente que os moradores de Serrana não vão se auto isolar e ficar sem contato com pessoas de fora, que não tem o mesmo nível de proteção que os moradores da cidade”, explicou.
*Estagiárias sob a supervisão de Fabio Grecchi
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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