Jornal Estado de Minas

CONDENAÇÃO

Justiça condena hacker por fraude bancária que chegou a R$ 648 mil

Dois anos depois da fraude em contas bancárias do Banco Brasil, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) condenou o hacker apontado pelo crime a indenizar a instituição. À época, mais de R$ 648 mil foram retirados das contas de duas vítimas no Distrito Federal. O valor terá que ser devolvidos.





O homem foi preso em agosto do ano passado pela Polícia Civil do Distrito Federal no âmbito da Operação "Quick Response". A ação foi em balneário Camboriú, onde ele morava e de onde promovia os golpes.

Em março de 2019, a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes (Drcc) identificou duas vítimas que foram alvo da fraude e tiveram prejuízos que, somados, chegavam a R$ 648.143,45.

Nos dois casos, elas receberam uma mensagem de SMS com um link que as direcionou a um site falso do Banco do Brasil. Depois do acesso, ambos passaram a receber mensagens no WhatsApp, de um perfil também inautêntico do banco. Esse usuário induziu as vítimas a encaminhar para ele o QR Code vinculado às contas bancárias.

Esse código permitiu que os criminosos liberassem o aplicativo do banco no celular que eles usavam, mas se passando pelas vítimas. Foi assim que eles retiraram o dinheiro das contas e fizeram as transferências para outros receptadores e laranjas em todo o país.





Para operar a fraude, os suspeitos se valeram de serviços prestados por uma empresa norte-americana, sem sede no Brasil. Por isso, a Polícia Civil do DF firmou uma parceria com a Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos para rastrear essa prestadora.

Desse modo, chegaram ao brasileiro, morador de Santa Catarina, que usava os serviços para operar o golpe. Ele foi preso em agosto do ano passado em Camboriú pelos crimes de furto mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro. À época, também foram apreendidos celulares e pen-drives.

Com a condenação, além da indenização, o hacker também passará cinco anos e seis meses preso. O nome da operação fazia referência ao "Código QR", imagem que, se escaneada pela câmera do celular é convertida em outra informação, como o endereço de um site ou número de telefone, por exemplo.

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