A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) divulgou estudo mostrando que funcionários do banco trabalham em condições que oferecem risco de infecção pelo novo coronavírus, pela falta de ventilação e de distaciamento com clientes e colegas.
Além disso, maior parte dos trabalhadores da estatal que tiveram a COVID-19 tem entre 30 e 39 anos.
Além disso, maior parte dos trabalhadores da estatal que tiveram a COVID-19 tem entre 30 e 39 anos.
Os dados integram a pesquisa “COVID-19 como uma doença relacionada ao trabalho”. Esse estudo é desenvolvido por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP), Estadual Paulista (Unesp) e Federal do Pará (UFPA), por meio de acordo de cooperação técnica entre a Fenae e a Associação de Saúde Ambiental e Sustentabilidade (Asas).
As primeiras conclusões mostram que 70% dos 628 funcionários entrevistados disseram que trabalham em agências ou outras unidades da Caixa Econômica Federal com falta de ventilação, janelas ou abertura para o ambiente externo.
Eles também relatam contato a menos de 2 metros de distância com colegas e clientes e falam em falta de máscaras em número suficiente para as trocas periódicas.
Eles também relatam contato a menos de 2 metros de distância com colegas e clientes e falam em falta de máscaras em número suficiente para as trocas periódicas.
“O estudo também investiga se os empregados da estatal contraíram COVID-19 no trabalho. Cerca de 40 bancárias e a mesma quantidade de bancários responderam que se contaminaram na Caixa Econômica. Eles estão na faixa etária de 30 a 39 anos e representam o grupo com maior número de trabalhadores adoecidos”, informa a Fenae.
A Federação lembra que desde a publicação do Decreto 10.329/2020, que incluiu os bancários entre os trabalhadores essenciais, a entidade trabalha para que eles sejam incluídos no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização (PNI).
Dois ofícios foram enviados ao Ministério da Saúde.
Dois ofícios foram enviados ao Ministério da Saúde.
“A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa), que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, encaminhou ofício à direção da empresa para uma reunião sobre o cumprimento rigoroso dos protocolos sanitários nas unidades da estatal. A proposta da CEE é que a reunião ocorra entre os próximos dias 7 e 11”, detalha a Fenae.
Dossiê
A pesquisa “COVID-19 como uma doença relacionada ao trabalho” também inclui outros setores, como comércio, construção civil, metalurgia, serviço público e alimentação. O estudo começou em novembro do ano passado.
O objetivo é produzir uma espécie de dossiê sobre os diferentes aspectos desse tipo de trabalho durante a pandemia da COVID-19.
A expectativa é de que os dados contribuam para propostas de ações de enfrentamento à doença e promoção da saúde dos trabalhadores, assim como medidas para defender os direitos dos empregados.
A expectativa é de que os dados contribuam para propostas de ações de enfrentamento à doença e promoção da saúde dos trabalhadores, assim como medidas para defender os direitos dos empregados.
O Estado de Minas entrou em contato com a Caixa Econômica Federal (CEF), que afirmou adotar todas as medidas preventivas e sanitárias, prezando pela saúde de seus funcionários.
Confira o comunicado:
Confira o comunicado:
A CAIXA valoriza a vida e o bem-estar de seus empregados e clientes, por isso adota todas as medidas preventivas e sanitárias estabelecidas pelas autoridades competentes, priorizando a prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão do Covid-19. O banco conta com protocolo de prevenção referência no setor.
As unidades da CAIXA seguem priorizando o atendimento dos serviços essenciais à sociedade, com fluxo de pessoas no interior das agências limitado, higienização intensificada e frequente.
Seguem algumas das medidas adotadas pela CAIXA:
- Disponibilização de álcool gel para clientes e empregados;
- Máscaras para todos os empregados, e proteção facial (faceshield) para os empregados que atuam no autoatendimento;
- Proteção de acrílico nos guichês das agências, assim como nos balcões;
- Demarcação do piso, para garantir o distanciamento social;
- Contratação de vigilantes e recepcionistas para atuação fora da agência, para orientação e organização de filas;
- Solução de teleorientação e telemedicina, ampliando os cuidados com a saúde dos empregados;
- Reembolso ou cobertura do teste da covid-19 no plano de saúde, conforme regras da ANS;
- Comunicação contínua, e criação de canal específico, como por exemplo hotsite interno com informações e orientações de prevenção.