A Polícia Civil cumpriu, nesta quarta-feira (2/6), dois mandados de busca e apreensão em endereços associados a um estudante da Universidade Paulista (Unip), no Distrito Federal. O homem é um dos investigados pela bomba colocada no banheiro masculino do prédio do curso de fisioterapia em abril.
O aluno foi encaminhado à Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), onde foi ouvido. As investigações apontaram que a bomba foi colocada no local por um estudante, que avisou os funcionários. O intuito seria impedir a realização de uma avaliação prática do curso.
Nas casas do rapaz, em Samambaia e Ceilândia, no DF, os agentes encontraram materiais metalúrgicos, do tipo metalon, usados normalmente para a produção de artefatos explosivos artesanais. O celular do investigado foi apreendido e vai passar por perícia.
Em 23 de abril, quando a bomba foi encontrada pela Polícia Militar (PMDF), a faculdade precisou ser evacuada para evitar que estudantes e funcionários ficassem feridos em uma possível detonação.
O objeto foi identificado com a ajuda de um robô que utilizou raio-X para acusar a presença de explosivos. Segundo a faculdade, havia pólvora dentro do artefato, que fi retirado do banheiro pouco antes de uma atividade coletiva de alunos do curso de fisioterapia.
O laudo do Instituto de Criminalística da PCDF constatou que a bomba tinha um pavio pirotécnico, que, em contato com a pólvora confinada, poderia explodir e espalhar estilhaços, o que representaria um risco às pessoas e ao edifício. "Dessa forma, a explosão teria efeitos análogos aos da dinamite", descreve a polícia.