A população brasileira com idade entre 15 e 29 anos será inferior a 50 milhões de pessoas até o final deste ano - o que ocorrerá pela primeira vez desde 2002. E a estimativa é que o indicador se reduza ainda mais nas próximas décadas, chegando a encolher em mais de um quarto em até 40 anos. Além disso, nos últimos anos os indicadores que tratam de índices como satisfação com a vida, preocupações e qualidade do ensino apresentaram piora entre os jovens brasileiros. Os dados integram a pesquisa "Jovens: Projeções Populacionais, Percepções e Políticas Públicas", do Centro de Políticas Públicas da FGV Social. O estudo é parte o projeto Atlas das Juventudes, coordenado pelo Em Movimento e pelo Pacto da Juventude pelas ODS da Sociedade Civil.
O País havia ultrapassado a marca de 50 milhões de jovens (15 a 29 anos) em 2002, atingindo o pico em 2009, quando somou 52,3 milhões de pessoas nessa faixa etária. Nos anos seguintes, o número oscilou na casa dos 52 milhões e desde 2014 não parou de cair. Estima-se que fique abaixo dos 50 milhões até o fim do ano e caia mais rapidamente a partir de 2030.
Essa diminuição da população mais jovem é considerada o "começo do fim" do bônus demográfico. Os dados preocupam, porque a redução significa que a população que (atualmente) se considera em idade ativa vai cair e ao mesmo tempo aumentarão os gastos com saúde e aposentadorias. Essa queda, na verdade, acompanha uma tendência mundial.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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