Com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a importação de lotes das vacinas antiCOVID-19 Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia, o Brasil passará a ter, em breve, seis diferentes imunizantes para conter a pandemia. O aval do órgão regulador às duas injeções, emitido nessa sexta-feira (4/6), veio acompanhado de restrições para regular a aplicação.
Apesar dos senões impostos pela Anvisa após análises prévias, os dois imunizantes vão se somar às doses de CoronaVac, fruto de parceria entre o Instituto Butantan e a chinesa Sinovac, e AstraZeneca, concebida pelo laboratório inglês homônimo e a Universidade de Oxford. Há, ainda, a vacina da Pfizer, feita com apoio dos alemãs da BioNTech. Neste mês, devem chegar os primeiros exemplares do composto da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, dos Estados Unidos.
Embora todas as vacinas atuem em prol do combate à pandemia e tenham a segurança atestada pela Anvisa, têm particularidades. Os seis compostos apresentam diferenças entre si em tópicos como a tecnologia utilizada, o número de doses necessárias e as exigências para armazenamento adequado.
O Estado de Minas preparou um pequeno guia apontando as características de cada imunizante. O mais importante, é claro, é se vacinar seguindo as ordens de prioridade estabelecidas pelas autoridades de saúde, com o imunizante que estiver disponível, independentemente da marca.
Para o pleno funcionamento, é preciso receber duas doses. Segundo o Butantan, o intervalo entre as injeções deve variar entre 14 e 28 dias. Os ensaios clínicos apontaram que, se o espaço for igual ou superior a 21 dias, a eficácia global do imunizante pode bater 62,3%. No que tange a pacientes que precisam de apoio médico, o índice varia entre 83,7% e 100%.
No fim de maio, o governo paulista divulgou estudo em torno da utilização em massa da CoronaVac nos habitantes de Serrana, cidade no interior do estado, onde mais de 95% da população tomou ao menos a dose inicial. O experimento apontou que as mortes foram reduzidas em 95%; internações, por seu turno, caíram 86%. Pacientes sintomáticos foram 80% diminuídos.
A CoronaVac deve ser armazenada em locais que forneçam de 2°C a 8°C. Para os testes clínicos, 12,5 profissionais de saúde foram recrutados.
Para dar forma ao imunizante, os técnicos recorrem ao vetor viral. O adenovírus, que contamina os chimpanzés, é modificado geneticamente e tem acrescido a proteína “S” do SarsCOV-2, causador da doença. Entre uma dose e outra, é preciso esperar 12 semanas. A eficácia da injeção inicial é de 76%; com o reforço, o índice sobe para 81%. A temperatura de armazenamento é a mesma da CoronaVac.
São até 12 semanas de intervalo entre as doses. Após a injeção de reforço, a proteção alcança 95%. Por até cinco dias, as vacinas da Pfizer podem ficar entre 2°C e 8°C. Se o armazenamento for de duas semanas, são necessários freezers que regulem entre -25°C e -15°C. Do 14° dia em diante, câmaras refrigeradas que forneçam entre -90°C e -60°C devem ser disponibilizadas.
O composto ainda não foi utilizado em solo brasileiro. A previsão inicial, julho, foi encurtada com o recente anúncio de Marcelo Queiroga sobre a chegada de doses neste mês.
Em casos leves, a eficácia beira os 67%. Para casos graves ocorridos duas semanas após a aplicação, o índice é de 76,7%.
A Anvisa aprovou a Sputnik V sob uma série de condicionantes, como a verificação das doses para constatar a ausência de adenovírus replicantes. Todos os imunizantes utilizados em brasileiros devem vir de fábricas vistoriadas por técnicos nacionais.
O aval temporário garante doses para 1% da população do país. Estados que integram o Consórcio do Nordeste vão receber o produto. Gestantes, puérperas, lactantes e portadores de comorbidade estão vetados.
A eficácia está em 78% e o intervalo entre as doses é de quatro semanas. O produto resiste à temperatura ambiente por uma semana.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Apesar dos senões impostos pela Anvisa após análises prévias, os dois imunizantes vão se somar às doses de CoronaVac, fruto de parceria entre o Instituto Butantan e a chinesa Sinovac, e AstraZeneca, concebida pelo laboratório inglês homônimo e a Universidade de Oxford. Há, ainda, a vacina da Pfizer, feita com apoio dos alemãs da BioNTech. Neste mês, devem chegar os primeiros exemplares do composto da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, dos Estados Unidos.
Embora todas as vacinas atuem em prol do combate à pandemia e tenham a segurança atestada pela Anvisa, têm particularidades. Os seis compostos apresentam diferenças entre si em tópicos como a tecnologia utilizada, o número de doses necessárias e as exigências para armazenamento adequado.
O Estado de Minas preparou um pequeno guia apontando as características de cada imunizante. O mais importante, é claro, é se vacinar seguindo as ordens de prioridade estabelecidas pelas autoridades de saúde, com o imunizante que estiver disponível, independentemente da marca.
CoronaVac
Desenvolvida na China, mas com doses produzidas em solo brasileiro, no Butantan, a CoronaVac foi a aposta do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). A Anvisa autorizou a utilização emergencial do composto em 17 de janeiro. A vacina utiliza a tecnologia do vírus inativado. Assim, quando inserido no corpo humano, não gera enfermidades, mas provoca o organismo para gerar resposta imunológica.Para o pleno funcionamento, é preciso receber duas doses. Segundo o Butantan, o intervalo entre as injeções deve variar entre 14 e 28 dias. Os ensaios clínicos apontaram que, se o espaço for igual ou superior a 21 dias, a eficácia global do imunizante pode bater 62,3%. No que tange a pacientes que precisam de apoio médico, o índice varia entre 83,7% e 100%.
No fim de maio, o governo paulista divulgou estudo em torno da utilização em massa da CoronaVac nos habitantes de Serrana, cidade no interior do estado, onde mais de 95% da população tomou ao menos a dose inicial. O experimento apontou que as mortes foram reduzidas em 95%; internações, por seu turno, caíram 86%. Pacientes sintomáticos foram 80% diminuídos.
A CoronaVac deve ser armazenada em locais que forneçam de 2°C a 8°C. Para os testes clínicos, 12,5 profissionais de saúde foram recrutados.
AstraZeneca
Também com aval para utilização emergencial desde 17 de janeiro, é resultado de parceria entre a farmacêutica homônima e Oxford. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) produz o composto no país — nesta semana, o governo federal assinou termo de transferência de tecnologia para a produção de doses com insumo farmacêutico ativo (IFA) nacional.Para dar forma ao imunizante, os técnicos recorrem ao vetor viral. O adenovírus, que contamina os chimpanzés, é modificado geneticamente e tem acrescido a proteína “S” do SarsCOV-2, causador da doença. Entre uma dose e outra, é preciso esperar 12 semanas. A eficácia da injeção inicial é de 76%; com o reforço, o índice sobe para 81%. A temperatura de armazenamento é a mesma da CoronaVac.
Pfizer
fizer e BioNTech se valem do RNA mensageiro (RNAm) como técnica para construir a vacina Cominarty. O RNA mensageiro dá comandos ao organismo para produzir proteínas presentes no coronavírus. Assim, o sistema imune é estimulado a responder.São até 12 semanas de intervalo entre as doses. Após a injeção de reforço, a proteção alcança 95%. Por até cinco dias, as vacinas da Pfizer podem ficar entre 2°C e 8°C. Se o armazenamento for de duas semanas, são necessários freezers que regulem entre -25°C e -15°C. Do 14° dia em diante, câmaras refrigeradas que forneçam entre -90°C e -60°C devem ser disponibilizadas.
Janssen
A Janssen, da corporação Johnson & Johnson, utiliza, assim como a AstraZeneca, a técnica do vetor viral. Os responsáveis pela vacina, aplicada em dose única, também recorrem ao adenovírus mudado em laboratório. Sete mil pessoas participaram dos ensaios. Geladeiras que sustentam produtos em 2°C a 8°C são suficientes para armazenar o produto.O composto ainda não foi utilizado em solo brasileiro. A previsão inicial, julho, foi encurtada com o recente anúncio de Marcelo Queiroga sobre a chegada de doses neste mês.
Em casos leves, a eficácia beira os 67%. Para casos graves ocorridos duas semanas após a aplicação, o índice é de 76,7%.
Sputnik V
O imunizante russo é outro que tem o vetor viral como princípio ativo. O adenovírus da primeira injeção, no entanto, é diferente do utilizado para formular as doses de reforço. Há 91% de eficácia; segundo o laboratório, é preciso esperar 21 dias para a reaplicação. O Instituto Gamaleya, que encabeça a produção, emitiu comunicado em abril garantindo que o espaço entre as doses pode ser estendido para três meses.A Anvisa aprovou a Sputnik V sob uma série de condicionantes, como a verificação das doses para constatar a ausência de adenovírus replicantes. Todos os imunizantes utilizados em brasileiros devem vir de fábricas vistoriadas por técnicos nacionais.
O aval temporário garante doses para 1% da população do país. Estados que integram o Consórcio do Nordeste vão receber o produto. Gestantes, puérperas, lactantes e portadores de comorbidade estão vetados.
Covaxin
Os grupos excluídos da Sputnik V também não podem, por ora, receber a Covaxin, fruto dos trabalhos do laboratório indiano Bharat Biotech. Os lotes remetidos ao Brasil devem ser acompanhados de laudos atestando a qualidade do produto. A técnica, assim como de outros imunizantes, se baseia no vírus inativado.A eficácia está em 78% e o intervalo entre as doses é de quatro semanas. O produto resiste à temperatura ambiente por uma semana.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
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