O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) gerou revolta dos passageiros do avião comercial no aeroporto de Vitória (ES). Na última sexta-feira (11/6), ele invadiu o voo e várias pessoas protestaram contra a “surpresa”. Por este motivo, uma advogada divulgou que vai processar a companhia aérea Azul por permitir a entrada do presidente.
A advogada, que se identifica como Renata, usa um perfil no Twitter sem identificação devido à perseguição política, como informa em sua biografia. “ATENÇÃO PASSAGEIROS DO VOO DA @azulinhasaereas INVADIDO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: essa semana disponibilizarei uma ação para quem desejar, de graça, para processar a companhia por infringência às normas sanitárias e regulamentares da ANAC. DM quem se interesssar. Deem RT!”, escreveu.
ATENÇÃO PASSAGEIROS DO VOO DA @azulinhasaereas INVADIDO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA: essa semana disponibilizarei uma ação p/ quem desejar, de graça, para processar a companhia por infringência as normas sanitárias e regulamentares da ANAC. DM quem se interesssar. Deem RT!
%u2014 Renata (@RenataLM83) June 12, 2021
Além da Azul, a advogada também responsabilizou a concessionária Zurich Airport, que administra o aeroporto.
A companhia aérea também vai precisar prestar esclarecimentos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cenas de aglomeração foram registradas em vídeo, enquanto Bolsonaro tirava a máscara para falar e posar para fotos.
Segundo o órgão regulador, o comandante é a autoridade máxima a bordo das aeronaves, ou seja, é ele o responsável por quem entra no avião e também por quem estiver sem máscara. Ele deve zelar pelo cumprimento das legislações, inclusive as normas sanitárias, diz a Anvisa.
O uso de máscaras nos terminais, nos voos, nos meios de transporte e em outros estabelecimentos localizados nas áreas aeroportuárias foi tornado obrigatório por resoluções da Anvisa na pandemia.
A reportagem do Estado de Minas solicitou um posicionamento da Azul, mas a companhia aérea informou que não vai se manifestar sobre o assunto.