Depois de mais uma noite de buscas, Lázaro Barbosa, 32 anos, segue foragido. Segundo o secretário de segurança de Goiás, Rodney Miranda, que acompanha os trabalhos, o fugitivo não se deslocou durante a madrugada, e agora, as forças policiais procuram por ele em pelo menos dois pontos na região entre as cidades de Edilandia e Girassóis, no Entorno.
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Bolsonaro volta a se opor a uso de máscara e a defender imunização facultativaButantan detecta 19 variantes do novo coronavírus no Estado de SPCOVID-19: Rio Preto terá lockdown noturno; cidades da região também fecham'Estou sem dormir há três dias', diz mulher estuprada por Lázaro em 2009Governador do DF diz que serial killer faz polícia 'quase de boba'As buscas já entraram no oitavo dia. Miranda ressaltou que nesta quarta-feira (16/6), o perímetro foi restringido, para apertar o cerco ao suspeito. Por ora, o secretário descartou apoio da Força Nacional. Policiais de equipes especializadas do Distrito Federal e de Goiás atuam nas buscas.
Além de procurarem pelas trilhas, helicópteros também sobrevoam a área. Pelo menos dois pontos de bloqueio na rodovia foram montados.
Ao longo dos pontos de bloqueio, a Polícia Militar chega a parar cerca de 500 veículos por dia, entre carros e caminhões. Segundo um sargento da PM, que preferiu não se identificar, a maior parte dos policiais é da região de Girassóis e Edilandia e conhece a região. A preocupação nas blitzen é vistoriar os porta-malas e boleias.
Com a concentração das buscas em Edilandia, aumentou o movimento de moradores na BR-070, levando colchões e malas: eles estão deixando a cidade para se refugiar na casa de parentes no Entorno e no Distrito Federal. Quem tem chácara na região nem está indo para a propriedade.
Há exatos sete dias, Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, assassinou três integrantes da mesma família e sequestrou uma quarta, Cleonice Vidal. O corpo dela foi encontrado dois dias depois. O assassino segue foragido dentro da mata, no povoado de Edilândia, próximo a Cocalzinho.
Mais um dia de fuga
A terça-feira (15/6) foi mais um dia tenso de buscas por Lázaro Barbosa em Edilândia, tanto pela terra, quanto pelo ar. Depois de trocar tiros com um caseiro na noite de segunda (14/6), pela manhã, o fugitivo foi flagrado por imagens de câmeras de segurança de uma fazenda. Depois, foi visto por um caminhoneiro atravessando correndo a BR-070.
Com isso, as forças policiais fecharam o cerco em torno da região na tentativa de encontrá-lo. No meio da tarde, Lázaro atacou novamente: entrou em outra chácara da região, onde fez mais uma família refém. Uma das vítimas, filha do casal, alertou por mensagem um policial de que Lázaro estava no local e pediu socorro.
Foi então que a situação se agravou ainda mais: pai, mãe e filha foram rendidos e, pouco depois, dois policiais foram até o local. Houve uma troca de tiros; um policial militar de Goiás foi atingido de raspão no rosto e foi transportado para o hospital de Anápolis. No meio da confusão, Lázaro, mais uma vez, se lançou na mata e desapareceu.
O secretário de segurança de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que a intenção de Lázaro era realizar um ritual com a família refém: iria levá-los à beira do rio antes de matá-los.
Entenda o caso
Lázaro Barbosa é procurado desde a semana passada. Ele é apontado como o autor da chacina contra uma família de quatro pessoas em Ceilândia Norte. Depois de assassinar a facadas e tiros Cláudio Vidal, 48, e os filhos Carlos Eduardo, 21, e Gustavo, 15, sequestrou Cleonice Vidal, mãe dos jovens. A vítima foi encontrada no sábado (12/6), sem vida.
A família foi enterrada nessa segunda-feira (14/6), no cemitério de Taguatinga. Durante o sepultamento, parentes e amigos pediam por justiça.
Além das mortes, Lázaro ainda invadiu várias chácaras da região do Entorno, e feriu mais pessoas durante a fuga da polícia. No domingo (13/6), ele roubou um carro de uma outra fazenda, e iria usá-lo para fugir de vez da polícia.
Contudo, abandonou o veículo na rodovia e desapareceu na mata depois de se deparar com o bloqueio policial. Mais de 200 agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) procuram por ele no distrito de Edilândia (GO).