Cientista chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Sumya Swaminathan afirmou nesta sexta-feira, 18/6, durante entrevista coletiva virtual que foi "desapontador" o fato de que a vacina da Curevac, empresa biofarmacêutica alemã, não tenha atingido o patamar mínimo de 50% de eficácia estabelecido pela entidade contra a COVID-19.
Segundo ela, havia uma expectativa positiva sobre esses imunizantes produzidos a partir de métodos mais modernos, com RNA mensageiro, mas o episódio foi um lembrete de que nem todas as vacinas projetadas funcionam.
De qualquer modo, Sumya Swaminathan celebrou o fato de que felizmente várias vacinas já atingiram o mínimo de 50% de eficácia e já têm sido aplicadas. Ela notou que ainda há várias pesquisas a se fazer nessa frente, como meios de tornar as vacinas mais simples de se produzir e ganhar escala nessa produção.
Líder técnica da resposta à pandemia de COVID-19 da OMS, Maria Van Kerkhove afirmou que as vacinas atuais "são para evitar casos graves e mortes, e são muito eficazes para isso". Ela recomendou, porém, que os governos nacionais apoiem as medidas já sabidas para conter a transmissão, a fim de ajudar a controlar o quadro.
Diretor executivo da OMS, Michael Ryan notou que, em áreas com muita transmissão comunitária, os sistemas de saúde ficam de qualquer modo sob pressão, independentemente da existência de vacinação em andamento. Como exemplos, ele mencionou os quadros em Brasil e Paraguai.