O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou a morte de Lázaro Barbosa, de 32 anos, acusado de matar uma família em uma chacina, balear pelo menos outras quatro pessoas e fazer outras reféns no Distrito Federal (DF) e em Goiás. Ele foi baleado nesta segunda-feira (28/6) em uma troca de tiros com as forças de segurança na região de Águas Lindas de Goiás.
“CPF CANCELADO!”, escreveu, em caixa alta, no Twitter. “Parabéns aos heróis da PM-GO por darem fim ao terror praticado pelo marginal Lazaro, que humilhou e assassinou homens e mulheres a sangue frio. O Brasil agradece! Menos um para amedrontar as famílias de bem. Suas vítimas, sim, não tiveram uma segunda chance. Bom dia a todos”, concluiu em outro tweet.
Após a divulgação da morte de Lázaro, o termo 'CPF cancelado' tomou conta das redes sociais. Nesta manhã, a expressão esteve entre os cinco assuntos mais comentados no Twitter no Brasil e na 19ª posição nos assuntos mais falados no mundo na rede social. A expressão foi divulgada pelo presidente pela primeira vez numa foto tirada em abril durante visita a Manaus.
A reação pela morte de Lázaro retomou o ânimo do discurso de Bolsonaro sobre combate à criminalidade entre os bolsonaristas, que estava com baixa popularidade em meio às mortes contra a COVID-19 no País. No entanto, mesmo com a reação de aprovação de seus apoiadores, a publicação de Bolsonaro comemorando a morte de Lázaro soma comentários que relembrar as mais de 510 mil mortes pela doença no Brasil. 'Só o dele não. Mais de 510 mil CPFs cancelados', pontuou um perfil.
LÁZARO: CPF CANCELADO!
%u2014 Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 28, 2021
- Parabéns aos heróis da PM-GO por darem fim ao terror praticado pelo marginal Lazaro, que humilhou e assassinou homens e mulheres a sangue frio. O Brasil agradece! Menos um para amedrontar as famílias de bem. Suas vítimas, sim, não tiveram uma segunda chance. Bom dia a todos!
%u2014 Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 28, 2021
Após a divulgação da morte de Lázaro, o termo 'CPF cancelado' tomou conta das redes sociais. Nesta manhã, a expressão esteve entre os cinco assuntos mais comentados no Twitter no Brasil e na 19ª posição nos assuntos mais falados no mundo na rede social. A expressão foi divulgada pelo presidente pela primeira vez numa foto tirada em abril durante visita a Manaus.
A reação pela morte de Lázaro retomou o ânimo do discurso de Bolsonaro sobre combate à criminalidade entre os bolsonaristas, que estava com baixa popularidade em meio às mortes contra a COVID-19 no País. No entanto, mesmo com a reação de aprovação de seus apoiadores, a publicação de Bolsonaro comemorando a morte de Lázaro soma comentários que relembrar as mais de 510 mil mortes pela doença no Brasil. 'Só o dele não. Mais de 510 mil CPFs cancelados', pontuou um perfil.
Procurado há 20 dias
As buscas por Lázaro tiveram início em 9 de junho, quando a polícia começou a investigar um triplo homicídio no Incra 9, em Ceilândia. Pai e dois filhos foram e encontrados mortos e a mãe da família não estava no local. O incidente Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, e os filhos dele, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, eram as vítimas. Cleonice estava desaparecida.
No fim da tarde, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou a foto de Lázaro Barbosa de Souza e o confirmou como suspeito de cometer os crimes em Ceilândia Norte. A descoberta foi feita a partir de impressões digitais encontradas na chácara. Com a identidade, a ficha de Lázaro foi levantada, com um histórico recente de agressões.
Em 26 de abril, Lázaro cometeu estupro e roubo contra uma mulher que abordou na rua. O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Já em 17 de maio, ele invadiu outra chácara, próxima à da família assassinada. Nela, amarrou as vítimas e as ameaçou com revólver e faca, obrigou todos a ficarem nus e as moças da família a cozinharem para ele.
Novas invasões, confissão e incêndios
As buscas por Cleonice já completavam 24 horas quando a PCDF descobriu outra invasão em uma chácara próximo ao local onde a empresária foi sequestrada. Lázaro foi reconhecido pela nova vítima. Durante três horas da tarde de 10 de junho, ela e o caseiro foram mantidos reféns.
De acordo com relatos das vítimas, Lázaro encontrou o caseiro primeiro e disse que não ia fazer nada, contanto que ninguém reagisse. Em seguida, colocou uma máscara de criança e mandou chamar quem estava dentro de casa. Para a dona da chácara, o criminoso confessou ter matado a família Vidal, mas disse que não estava só.
Na madrugada de sexta-feira (11/6), as buscas por Lázaro e por Cleonice ultrapassaram a fronteira do Distrito Federal. O suspeito invadiu uma chácara em Ceilândia por volta das 20h, fez o caseiro refém e roubou um veículo, um Palio branco, que usou para se dirigir até Cocalzinho de Goiás (GO), às 3h30. Lá, na BR-070, incendiou o carro.
Ainda na cidade, Lázaro invadiu outra chácara, fez um caseiro refém e o obrigou a cozinhar no sábado (12/6). Depois, invadiu outra residência e baleou três homens, que ficaram em estado grave. No fim da noite, ateou fogo em outra chácara. Foi neste mesmo dia, à tarde, que Cleonice foi encontrada, sem vida, por familiares e vizinhos em um córrego próximo ao local em que morava.
No domingo (13/6), o suspeito roubou um carro, crime denunciado pelo dono aos mais de 200 policiais mobilizados na cidade de Cocalzinho. O veículo foi encontrado às margens da BR-070, próximo a Edilândia (GO), local em que as buscas foram intensificadas.
Outra família foi feita refém pelo criminoso na terça-feira (15/6). Por mensagem, uma adolescente moradora da chácara pediu ajuda à polícia: "Socorro. O assassino Lázaro está aqui em casa . Na quarta-feira (16/6), a polícia divulgou vídeo do momento em que as vítimas são soltas . As imagens mostram a troca de tiros que deixa um policial ferido de raspão na cabeça.
Lázaro foi encontrar ex-esposa e ex-sogra
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que Lázaro foi até a casa da ex-esposa e da ex-sogra. Segundo o secretário, as duas estão prestando depoimento sobre o caso e, até o momento, não foram presas.
Lázaro foi capturado por volta das 9h50 e o confirmação da morte veio cerca de dez minutos depois. “Ele foi para se encontrar com elas (ex-esposa e ex-sogra). Nós estávamos monitorado e tentamos pegá-lo ali. Ele chegou a ameaçar policiais e dizer que se fossem atrás dele na mata iria dar tiro na cara”, detalhou Miranda durante coletiva.
Quando Lázaro fugiu para a mata, as forças de segurança foram atrás e trocaram tiros. “Ele descarregou uma pistola contra os policiais. Com o esforço dessas forcas conjuntas, sem vaidade, impedimos ele que fugisse ou fizesse outras vítimas”, completou Miranda.
Para o secretário, a investigação não acabou, mas a população de Cocalzinho de Goiás e cidades vizinhas poderão voltar à normalidade. “As investigações não acabam aqui, mas o principal que seria o empresário (Elmi Caetano), que é chefe e líder da organização, e o psicopata (Lázaro Barbosa), não são mais problemas. Os chacareiros e a população daqui vão reestabelecer sua normalidade”, completou.