Jornal Estado de Minas

SECA HISTÓRICA

Ministro de Minas e Energia descarta racionamento de energia: 'Evoluímos'

Em pronunciamento na televisão aberta nesta segunda-feira (28/6), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou a possibilidade de racionamento de energia no Brasil. O país enfrenta a pior seca em quase um século, em especial nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.



Ele afirmou que o país reduziu a dependência das usinas hidrelétricas em 24% nos últimos anos e solicitou que a população contribua com a redução dos gastos de energia e água.

O ministro assegurou que, com a evolução do sistema elétrico brasileiro, não vai ser necessário racionamento de energia, como ocorreu em 2001.

“Esse quadro provocou a natural preocupação de muitos brasileiros com a possibilidade de racionamento de energia, como aconteceu em 2001. Precisamos deixar claro que o sistema elétrico brasileiro evoluiu muito nos últimos anos. Conseguimos avanços históricos, interligando o sistema em escala nacional e duplicando as linhas de transmissão”, afirmou. 
 
Leia: Vídeo: entenda os impactos do alerta de seca para Minas Gerais 

“Ao mesmo tempo, reduzimos nossa dependência das usinas hidrelétricas de 85% para 61% com a expansão das usinas de fontes limpas e renováveis como eólica, solar e biomassa, além de termelétricas a gás natural e nucleares. Hoje temos um setor elétrico robusto, que nos traz garantia do fornecimento de energia elétrica aos brasileiros. Para enfrentar a situação, o governo vem atuando em várias frentes desde o ano passado”, acrescentou Bento Albuquerque.





Ele informou ainda que encaminhou uma Medida Provisória (MP) ao Congresso Nacional para “fortalecer a governança do processo decisório neste momento de crise hídrica''.
 
Leia: Seca e o fogo criminoso devastam quase todos os biomas do Brasil 
 
Além disso, ressaltou que medidas estão sendo tomadas para incentivar a redução de gastos da indústria: “Em parceria com a indústria, estamos finalizando o desenho de um programa voluntário que incentiva as empresas a deslocarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os horários de menor demanda, sem afetar a produção e o crescimento econômico do país”.

Por fim, o ministro solicitou o apoio da população brasileira para reduzir o consumo em casa: “O uso consciente e responsável de água e energia reduzirá consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico, diminuindo também o custo da energia gerada”.

Confira o pronunciamento na íntegra: 


“Senhoras e senhores, boa noite. O Brasil enfrenta uma das piores secas de sua história. A escassez de água que atinge nossas hidrelétricas, em especial do Sudeste e Centro-Oeste, é a maior dos últimos 91 anos. 





Esse quadro provocou a natural preocupação de muitos brasileiros com a possibilidade de racionamento de energia, como aconteceu em 2001. Precisamos deixar claro que o sistema elétrico brasileiro evoluiu muito nos últimos anos. Conseguimos avanços históricos, interligando o sistema em escala nacional e duplicando as linhas de transmissão.

Ao mesmo tempo, reduzimos nossa dependência das usinas hidrelétricas de 85% para 61% com a expansão das usinas de fontes limpas e renováveis como eólica, solar e biomassa, além de termelétricas a gás natural e nucleares.

Hoje temos um setor elétrico robusto, que nos traz garantia do fornecimento de energia elétrica aos brasileiros. Para enfrentar a situação, o governo vem atuando em várias frentes desde o ano passado.





Além de monitorar o setor elétrico 24h por dia, montamos uma estrutura de governança para coordenar, com rapidez e segurança, as ações dos vários órgãos envolvidos no enfrentamento do atual cenário de escassez hidroenergética.

Estamos trabalhando, também, em sintonia e permanente diálogo com entidades da sociedade civil organizada, com os estados e instituições dos três poderes para identificar as linhas de ação que melhor atendam os interesses do país.

Foi por esse motivo, igualmente, que encaminhamos ao Congresso Nacional uma medida provisória cujo objetivo é fortalecer a governança do processo decisório neste momento de crise hídrica.

Em parceria com a indústria, estamos finalizando o desenho de um programa voluntário que incentiva as empresas a deslocarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os horários de menor demanda, sem afetar a sua produção e o crescimento econômico do país.





Essas medidas são essenciais, mas, para aumentar nossa segurança energética é fundamental que, além dos setores do comércio, de serviços e da indústria, a sociedade brasileira, todo cidadão-consumidor participe desse esforço, evitando desperdícios no consumo de energia elétrica.

Com isso, conseguiremos minimizar os impactos no dia a dia da população. O uso consciente e responsável de água e energia reduzirá consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico, diminuindo também o custo da energia gerada. 

Aproveito para convidá-los a nos seguirem nas redes sociais do Ministério de Minas e Energia e compartilhar as orientações sobre a melhor maneira de pouparmos água e energia elétrica em nosso cotidiano.

É com serenidade, portanto, que tranquilizamos a todos. Estamos certos de que juntos, superaremos este período desafiador e transitório. Muito obrigado.”

audima