Quase 53% dos municípios brasileiros se dizem favoráveis a um lockdown nacional para o enfrentamento da pandemia de COVID-19 e a diminuição no número de óbitos causados pelo novo coronavírus. Desses, 352 municípios são de Minas Gerais, ou seja, 60,5%.
O número foi levantado pela 15ª edição da "Pesquisa de COVID-19 nos municípios", realizada pela Confederação Nacional de Município (CNM), entre 28 de junho e 2 de julho.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, acredita que o lockdown é uma forma de evitar o "sangramento" no qual o país se encontra, com quase 2 mortes diárias e vacinação ainda oscilante.
Ele destacou que a maioria da população adulta deve estar totalmente imunizada apenas no início de 2022, e lembrou do risco de falta de leitos diante da circulação de novas cepas.
"Entende-se que é o momento, no mês de agosto, de se decretar e cumprir um lockdown como fizeram outros países que tiveram sucesso e alguns Municípios do Brasil. Para poder interromper e colocar o vírus no chão, o ideal cientificamente é 21 dias, mas com 15 já seria uma hipótese real. Fecharíamos os aeroportos e deixaríamos só os serviços essenciais", disse. Ziulkoski acredita que a medida faria o número de contaminação diminuir e evitaria uma maior mortalidade no país.
Ele também apresentou estudo da CNM com a projeção de vacinação no país se houvesse maior distribuição de imunizantes por parte do governo.
Segundo os dados da entidade, toda esta população estaria vacinada com a dose 1 em maio e com o esquema vacinal completo (D1+D2) em setembro de 2021, mantendo-se a aplicação diária de 1.393.415 doses, dia com maior aplicação de doses no Brasil de acordo com base do Ministério da Saúde.
Segundo os dados da entidade, toda esta população estaria vacinada com a dose 1 em maio e com o esquema vacinal completo (D1+D2) em setembro de 2021, mantendo-se a aplicação diária de 1.393.415 doses, dia com maior aplicação de doses no Brasil de acordo com base do Ministério da Saúde.
Vacinação
Além disso, mais de ¼ dos gestores afirmaram falta de vacinas, ou seja, em 27,2% dos municípios participantes do levantamento.
Desses, 77 municípios que responderam faltar o imunizante são de Minas Gerais.
Desses, 77 municípios que responderam faltar o imunizante são de Minas Gerais.
Enquanto o imunizante para segunda dose esteve em falta em 13,1% ds cidades, mais de 96,7% dos gestores afirmam ter faltado vacinas para aplicação da primeira dose.
Segundo a pesquisa, 97,4% dos municípios iniciaram a vacinação dos grupos abaixo de 60 anos sem comorbidades, e em 2,2% ainda não se iniciou.
Nesta semana, 29,9% dos pesquisados já estão vacinando a faixa entre 45 a 49 anos; em 29,2% das cidades analisadas a imunização está entre 40 e 44 anos; 6,2% entre 35 e 39 anos; e abaixo dessa idade em cerca de 6%.
Nesta semana, 29,9% dos pesquisados já estão vacinando a faixa entre 45 a 49 anos; em 29,2% das cidades analisadas a imunização está entre 40 e 44 anos; 6,2% entre 35 e 39 anos; e abaixo dessa idade em cerca de 6%.
Leitos
Sobre a ocupação dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) nesta semana, 21,5% dos municípios estavam com a capacidade acima de 95% ocupadas, ou seja, mais de 660 cidades; acima de 90% tinham 17,8%.
Ainda: 13% dos pesquisados estão com risco de faltar o chamado "kit intubação", sendo que 71 desses são municípios mineiros.
Mais de 21% das cidades afirmam aumento do número de pessoas infectadas e a manutenção de novos infectados em níveis altos pela quarta vez consecutiva.
Os maiores aumentos – 23% e 22% – estão concentrados em dois polos - Municípios grandes e pequenos. E mesmo com a redução da quantidade geral de mortes, em 16,1% dessas localidades ocorreu aumento.
Os maiores aumentos – 23% e 22% – estão concentrados em dois polos - Municípios grandes e pequenos. E mesmo com a redução da quantidade geral de mortes, em 16,1% dessas localidades ocorreu aumento.
Ações
Ziulkoski afirmou esperar que os dados sejam utilizados para auxiliar os municípios brasileiros e a União com ações concretas para mitigar os problemas nos sistemas de saúde de todo o país.
Os dados da pesquisa com a indicação de um pedido de lockdown nacional serão entregues pela entidade ao Palácio do Planalto e ao presidente da Câmara dos Deputados ainda nesta segunda.
Os dados da pesquisa com a indicação de um pedido de lockdown nacional serão entregues pela entidade ao Palácio do Planalto e ao presidente da Câmara dos Deputados ainda nesta segunda.