Pela primeira vez desde 1º de abril de 2020, o Amazonas não registrou mortes por COVID-19, informa a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do estado, na divulgação dos dados do boletim desta terça-feira (6/7).
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O Amazonas computa 13.349 mortes por causadas pelo novo coronavírus e 405.066 casos confirmados. O número de diagnósticos cresceu em 719.
O estado registra 1.565.933 pessoas vacinadas com a primeira dose e 557.414 com a segunda. Assim, 37,22% do público-alvo da campanha têm alguma proteção contra o vírus, enquanto 13,7% já completou o esquema vacinal.
Colapso na saúde
O Amazonas protagonizou um dos momentos mais tristes da pandemia no Brasil. Em janeiro, a falta de oxigênio em unidades de saúde do estado causou a morte de várias pessoas, com um pico de 176 óbitos no dia 14 daquele mês.
O problema virou uma das peças-chave da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, no Senado Federal. O governador Wilson Lima chegou a ser convocado para depor na CPI, mas não compareceu, amparado por autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
Oficialmente, Lima creditou sua ausência a uma onda de ataques a equipamentos públicos e ônibus do estado após a morte de um traficante durante operação policial em Manaus.
Ainda assim, documentos obtidos pela CPI mostram que o governo do Amazonas requisitou azitromicina e ivermectina ao Ministério da Saúde, medicamentos sem eficácia contra a COVID-19, durante o colapso de janeiro.
Ouvido sobre a questão, o ex-ministro da Saúde Eduardo culpou a empresa White Martins pela falta de oxigênio no estado. Porém, a empresa alegou ter enviado e-mail três dias antes do colapso pedindo apoio logístico do governo federal.