Jornal Estado de Minas

VACINAÇÃO CONTRA COVID-19

Saúde volta a recomendar vacinação de grávidas sem comorbidades


O Ministério da Saúde voltou a recomendar, nesta quinta-feira (8/7), a vacinação contra a COVID-19 para grávidas e puérperas sem comorbidades. A imunização desse grupo estava suspensa desde maio por causa de um evento adverso grave que aconteceu com uma gestante imunizada com a vacina da AstraZeneca/Oxford.





Dessa forma, a recomendação da pasta é vacinar gestantes e puérperas sem comorbidades com a CoronaVac e com a vacina da Pfizer — imunizantes que já são utilizados na vacinação de grávidas com comorbidades, que continuou apenas com a aplicação destas vacinas. Sendo assim, as vacinas da AstraZeneca e da Janssen não são recomendadas para mulheres grávidas e puérperas com ou sem comorbidades.

“Após a análise dos dados e do debate amplo com os cientistas, houve o entendimento de se voltar a vacinar as gestantes sem comorbidades. Entendemos que não há porque suspender essa vacinação”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Apesar da recomendação do Ministério da Saúde ter sido feita só agora, quase dois meses após a suspensão, alguns alguns estados já haviam voltado a vacinar gestantes sem comorbidades. No estado de São Paulo, por exemplo, a vacinação deste grupo de mulheres foi liberado no início de junho. 





Questionado se o ministério está atrasado quanto a recomendação, já que outros estados já começaram a vacinar gestantes sem comorbidades mesmo sem o aval da pasta, Queiroga demonstrou irritação e disse que “não houve atraso nenhum”.

Intercambialidade

Além disso, a pasta também decidiu que as grávidas já vacinadas com a primeira dose da vacina da AstraZeneca devem esperar para tomar a segunda dose após o puerpério e, com isso, completar o esquema vacinal.

No estado do Rio de Janeiro, as gestantes e mulheres que tiveram bebês há até 45 dias e que tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca poderão completar o esquema vacinal com a segunda dose da Pfizer. No entanto, segundo o ministro, não é seguro ainda determinar a aplicação de uma segunda dose de vacina de outra marca nestas mulheres.





A intercambialidade de vacinas não é segura para este grupo de mulheres, segundo Queiroga. “Não há evidência científica acerca de intercambialidade de vacinas em gestantes. Portanto, vamos manter a orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI)”, disse.

Queiroga ainda pediu para que os secretários municipais e estaduais de Saúde não modifiquem as orientações do PNI “por conta própria”. “É claro que secretários estaduais e municipais têm sua autonomia, mas não para mudar o cerne do que foi discutido na política tripartite”, afirmou.

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