As promotoras de Justiça do Rio de Janeiro Simone Sibilio e Letícia Emile, que faziam parte da força-tarefa que investiga as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, deixaram os cargos.
A informação foi confirmada pelo Ministério Público neste sábado (10/7).
A TV Globo apurou que as duas promotoras saíram por ''receio e insatisfação com interferências externas''.
Leia também: Justiça condena Ronnie Lessa e mais 3 por destruírem provas da morte de Marielle
Leia Mais
Justiça condena Ronnie Lessa e mais 3 por destruírem provas da morte de MarielleCNJ vai cobrar celeridade no julgamento dos acusados de matar Marielle, diz FuxPessoas próximas do caso Marielle vivem sob ameaçaDeputados cobram justiça para os assassinatos de Marielle e AndersonMorte de Marielle completa mil dias sem descoberta de mandantes nem motivaçãoMiliciano apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco é presoAinda segundo a o órgão, a ''Procuradoria-Geral de Justiça do MPRJ reconhece o empenho e a dedicação das promotoras ao longo das investigações, que não serão prejudicadas.''
O MP ainda informou que anunciará em breve os nomes dos substitutos.
Ainda de acordo com a reportagem, o atrito começou quando a viúva do ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega - policial acusado de envolvimento em milícia e morto em 2020 -, quis fazer uma delação premiada.
As promotoras estiveram à frente da investigação que levou a prisão de integrantes do grupo de Adriano. Porém elas investigavam se ele tinha informações sobre os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson.
Segundo a reportagem, elas teriam identificado inconsistências no relato. Mas a delação continuou a ser analisada por promotores de outra área do Ministério Público.