Ainda em busca de imunizar toda a população com mais de 18 anos contra a COVID-19, o Ministério da Saúde estuda uma ampliação da vacinação para adolescentes a partir dos 12 anos. O assunto está em discussão na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis, segundo a pasta.
A intenção é imunizar, primeiro, adolescentes com comorbidades e jovens grávidas e, depois, avançar na vacinação de jovens sem tais doenças. O tema será debatido hoje, durante reunião entre o Fórum Nacional de Governadores e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na qual uma das pautas é justamente estratégia para vacinação de pessoas abaixo de 18 anos com comorbidades.
No momento, enquanto adultos podem receber as vacinas CoronaVac, da Pfizer, da Jannsen e da AstraZeneca, somente a vacina da Pfizer foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicada aos adolescentes com 12 anos ou mais. No país, atualmente, 9,2% das vacinas oferecidas são deste fabricante.
"Somente a Pfizer solicitou a inclusão em bula da indicação da vacina para crianças com 12 anos ou mais. Esse pedido já foi autorizado pela Anvisa e indicação para esta faixa etária incluída na bula da vacina Comirnaty", esclareceu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Para o infectologista Julival Ribeiro, há uma falta de coordenação nacional que defina os critérios da vacinação na população. "Em relação ao Plano de Imunização do Ministério da Saúde, infelizmente não houve um consenso nas etapas da vacinação. Por isso, hoje observamos vários estados querendo vacinar adolescentes mesmo com as pessoas mais velhas ainda não imunizadas", afirmou. (MEC com Gabriela Bernardes, estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi).
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