O secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio (CBMERJ), coronel Leandro Monteiro, afirmou que mandará abrir sindicância para apurar o caso envolvendo um casal que foi impedido de se vacinar contra a COVID-19 em uma unidade da corporação por estar usando camisetas de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro.
"Sou a favor da liberdade de expressão e garanto que o fato ocorrido no quartel da Barra da Tijuca foi isolado. Sendo assim, irei abrir sindicância sobre o fato ocorrido. Lamento profundamente e reitero que não existe nenhuma determinação proibindo manifestação de civis em OBMs", escreveu Monteiro em uma rede social.
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Butantan recebe lote recorde de IFA para produção de 20 mi de doses de CoronavacParaná confirma 3 novos casos da variante Delta; Santa Catarina investigaBandidos assaltam refinaria de ouro e causam terror no interior de São PauloO caso envolveu um casal de professores que foi receber a segunda dose da vacina em um quartel localizado na Avenida Ayrton Senna, e foi relatado por uma amiga deles no Twitter. Segundo ela, os professores foram avisados que precisariam tirar as camisetas ou colocá-las pelo avesso para poderem acessar as dependências da unidade.
O casal usava uma camiseta com os dizeres "A segunda dose da vacina nos livra da COVID-19. O que nos livrará do Bolsovírus será o impeachment ou o seu voto em 2002".
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reiterou que os postos de vacinação em unidades do Corpo de Bombeiros são de responsabilidade do Estado, mas ainda assim repudiou a censura imposta. "A SMS-Rio já aplicou mais de 4,6 milhões de doses de vacinas contra COVID-19 e, até o momento, não há qualquer tipo de queixa ou registro de censura em suas unidades", declarou a SMS, em nota.