O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (14/7), que não vê mais a necessidade do uso das doses dos imunizantes contra a COVID-19 Covaxin e Sputnik V, já adquiridas pelo Ministério da Saúde em fevereiro e março deste ano. Segundo ele, a pasta não incluirá os imunizantes no Programa Nacional de Imunização (PNI), já que eles ainda não obtiveram o registro definitivo ou aprovação do uso emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"O Ministério da Saúde já adquiriu cerca de 600 milhões de doses de vacinas, então nós não temos a necessidade dessas doses adicionais dos imunizantes que obtiveram essa licença de importação", disse Queiroga ao se referir às doses da vacina indiana Covaxin e da vacina russa Sputnik V.
A pasta assinou contrato para adquirir doses da Covaxin e a Sputnik V em fevereiro e março, respectivamente. A aquisição de ambas as vacinas tem sido alvo de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19. O contrato para a compra da Covaxin foi inclusive suspenso pelo Ministério da Saúde, após recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU).
O ministro ainda deixou claro que a pasta não conta com agentes imunizantes que não tenham obtido o aval da Anvisa de maneira definitiva ou de maneira emergencial. "O Ministério da Saúde não conta com agentes imunizantes que não tenham obtido o aval da Anvisa de maneira definitiva ou de maneira emergencial. O que temos de número de doses já é o suficiente para imunizar a população brasileira até o final do ano", ressaltou.
Os imunizantes Covaxin e Sputnik V só obtiveram autorização para importação, em caráter excepcional, pelo Brasil. A distribuição e o uso dos imunizantes deverá ser feito em condições controladas determinadas pela Anvisa. Dessa forma, Queiroga avalia que a aplicação destes imunizantes não alterará o curso da campanha de vacinação do Brasil.