O Instituto Butantan planeja o início da vacinação contra a COVID-19 com a Butanvac ainda para este ano. Em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira (16/7), o diretor da instituição, Dimas Covas, afirmou ainda que a previsão é que o pedido de uso emergencial seja enviado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro. "Esperamos que a Anvisa seja rápida nessa análise", destacou Covas. "É possível que tenhamos ainda neste ano a utilização desta vacina."
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Na atual etapa de testes, iniciada neste mês, os voluntários estão divididos em quatro grupos. O grupo 1 será vacinado com um micrograma; três microgramas serão aplicados no grupo 2. Já o grupo 3 vai receber 10 microgramas. O quarto grupo é vacinado com placebo.
Os voluntários não ficam sabendo em que grupo estão. A partir daí, passam a ser avaliadas a segurança da vacina e qual a dosagem do imunizante será incorporada à vacina definitiva. Nas etapas seguintes, a Butanvac será avaliada em relação à resposta imune que produz.
Após se obter, na fase A, definição da dose adequada, passam a ser vacinados 5 mil voluntários na fase B. Essa segunda fase vai ocorrer em Ribeirão Preto, no interior paulista, e em São Paulo, selecionando pessoas entre as mais de 90 mil que se inscreveram para participar. A segunda fase será um estudo cego envolvendo pessoas que já receberam outras vacinas, pessoas que já foram contaminadas e pessoas não vacinadas.
Se a exigência da fase 3 for mantida pela Anvisa, é possível que os estudos demorem mais do que gostaria o Butantan. Inicialmente, em março, o governo João Doria (PSDB) previa iniciar a aplicação da Butanvac em julho - prazo já considerado muito curto pelos cientistas, e que não se cumpriu.
Outros institutos brasileiros que desenvolvem vacinas próprias - como a Universidade Federal de Minas (UFMG) - preveem concluir os testes dos imunizantes na metade de 2022.
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