Pelo menos 97 casos de infecção pela variante Delta, cepa mais transmissível do coronavírus, foram notificados no país, dos quais cinco resultaram em mortes. Os dados são do Ministério da Saúde. Os registros foram feitos em sete estados, mas os óbitos foram concentrados no Paraná e Maranhão.
"A pasta esclarece que os casos e seus respectivos contatos são monitorados pelas equipes de Vigilância Epidemiológica e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância e Saúde (CIEVS) locais, conforme orientação do Guia Epidemiológico da covid-19", disse o ministério, em nota.
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Identificada originalmente na Índia, essa cepa foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de preocupação. Estimativas indicam, além disso, que a variante é cerca de 50% mais transmissível do que a Alfa, descoberta pela primeira vez no Reino Unido.
O Ministério da Saúde informou ainda que há registros de uma contaminação em Minas Gerais, duas em Goiás, três em São Paulo e dois em Pernambuco. No Paraná, foram nove casos e quatro mortes, e no Maranhão, seis registros e um óbito.
O ministério explicou que tem feito um esforço conjunto com os Estados em que os casos ocorreram para intensificar o sequenciamento genômico das amostras positivas para a COVID-19, a vigilância laboratorial, o rastreamento de contatos e o isolamento de casos suspeitos e confirmados. "Desta forma, é possível notificá-los imediatamente e tomar medidas de prevenção em áreas suspeitas de circulação de variantes", disse a pasta.
Estratégia vacinal
Por causa da variante Delta, governos têm liberado a diminuição do intervalo entre as aplicações das vacinas contra COVID-19 das fabricantes AstraZeneca ou Pfizer, com fizeram o estado do Rio e o Distrito Federal. A justificativa é ter parcela maior da população com o esquema vacinal completo, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis.
Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Santa Catarina também optaram por diminuir a janela entre as aplicações. As reduções têm sido de 12 semanas para dez ou oito semanas. O governo paulista, por outro lado, optou por não adotar essa estratégia por enquanto.
A redução do tempo entre as injeções divide especialistas. A Fiocruz, responsável por produzir o imunizante Oxford/AstraZeneca no Brasil, se manifestou contrário a encurtar o intervalo. No exterior, o avanço da Delta tem motivado o debate sobre o uso de uma dose de reforço. A Pfizer chegou a pedir às autoridades americanas aval para oferecer uma nova injeção, o que ainda não ocorreu. Israel aprovou uma terceira aplicação.
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