A massa de ar frio que chega ao Brasil virou um dos assuntos mais comentados nesta semana, do elevador às redes sociais. Vai nevar? Teremos recorde de temperatura no país? Teremos -25°C no Sul? O que explica esse fenômeno?
Mas, isso não quer dizer que o Brasil terá o frio mais intenso do século nesta semana. Segundo o Climatempo, não é verdade que fará -15°C na Região Sul do país.
Neste ano, a temperatura mais baixa do Brasil foi anotada no último dia 20, em Urupema (SC): -8,2°C. Com a massa de ar frio desta semana, os termômetros devem marcar entre -8 e -10 graus.
A massa de ar frio deve afetar também o tempo dos estados do Sudeste, Centro-Oeste e até do Norte do Brasil. Em Minas, São Paulo, Rio e Espírito Santo, a blusa de moletom será peça fundamental do vestuário principal nesta quinta e sexta-feira (29 e 30/7).
As temperaturas devem ficar negativas nas redondezas da Serra da Mantiqueira, na divisa entre São Paulo e Minas. Há preocupação até mesmo dos agricultores do café, principal produção da região.
Mais para o fim de semana, Juiz de Fora, na Zona da Mata, também sofre com o frio. A mínima será de 6°C nesta quinta e de 4°C nesta sexta. A máxima fica em 17°C e 20°C, respectivamente.
Conhecida pelo calor, Montes Claros, na porção Norte do estado, tem mínima de 12°C nesta terça e sexta. No entanto, no último dia útil da semana, os ventos de intensidade moderada fazem a sensação térmica cair.
Uma das principais cidades do Sul do estado, Poços de Caldas pode ter temperatura mínima de -3°C nesta quinta. Nesta sexta, o frio intenso diminui, mas a mínima fica em 4°C. As máximas são de 20 graus nos dois dias.
"Não basta o frio intenso para nevar. A neve é uma precipitação e precisa cair de uma nuvem. As condições para neve serão restritas aos dias 28 e 29 de julho, mas não há chance de ocorrer em Curitiba, por exemplo. Apenas no planalto e serra do Rio Grande do Sul e Santa Catarina", afirma.
Ela afirmou que a massa de ar desta semana será tão significativa que até mesmo algumas áreas no sul do Tocantins, da Bahia e do Pará sentirão uma queda na temperatura.
"Mas nessas regiões (essa massa) vai apenas aliviar o calor porque está muito quente. Teremos uma atuação bastante forte mesmo no continente, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste".
Meteorologistas ouvidos pela BBC News Brasil disseram que a passagem de massas de ar frio é comum nesta época do ano. No entanto, a magnitude e frequência desses fenômenos podem ter sido alterados pelas mudanças climáticas.
Segundo Francisco de Assis, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a massa de ar frio desta semana será a terceira de grande porte registrada em 2021. O mais comum, diz ele, é apenas uma ou duas massas de ar polar significativas por ano.
"Isso está associado à alta variabilidade climática e aquecimento global, que causam esses extremos. Da mesma forma que o frio extremo aqui, vemos o forte calor no Hemisfério Norte", afirma.
Defesas civis de diferentes cidades participaram do encontro. O objetivo é manter a segurança da população em situação de rua, indígenas, quilombolas e viajantes que podem ser surpreendidos nas rodoviárias, portos e aeroportos.
De acordo com o site Climatempo, a massa de ar frio pode causar sensação térmica de -25°C nas partes mais altas dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Mas, isso não quer dizer que o Brasil terá o frio mais intenso do século nesta semana. Segundo o Climatempo, não é verdade que fará -15°C na Região Sul do país.
Neste ano, a temperatura mais baixa do Brasil foi anotada no último dia 20, em Urupema (SC): -8,2°C. Com a massa de ar frio desta semana, os termômetros devem marcar entre -8 e -10 graus.
A massa de ar frio deve afetar também o tempo dos estados do Sudeste, Centro-Oeste e até do Norte do Brasil. Em Minas, São Paulo, Rio e Espírito Santo, a blusa de moletom será peça fundamental do vestuário principal nesta quinta e sexta-feira (29 e 30/7).
As temperaturas devem ficar negativas nas redondezas da Serra da Mantiqueira, na divisa entre São Paulo e Minas. Há preocupação até mesmo dos agricultores do café, principal produção da região.
Minas Gerais
O frio também atinge as principais cidades de Minas Gerais. Em BH, a mínima não ultrapassa os 15 graus nesta semana. Já a máxima despenca, principalmente, nesta quinta e sexta-feira, quando os termômetros não vão marcar mais que 20°C, segundo o Inmet.Mais para o fim de semana, Juiz de Fora, na Zona da Mata, também sofre com o frio. A mínima será de 6°C nesta quinta e de 4°C nesta sexta. A máxima fica em 17°C e 20°C, respectivamente.
Conhecida pelo calor, Montes Claros, na porção Norte do estado, tem mínima de 12°C nesta terça e sexta. No entanto, no último dia útil da semana, os ventos de intensidade moderada fazem a sensação térmica cair.
Uma das principais cidades do Sul do estado, Poços de Caldas pode ter temperatura mínima de -3°C nesta quinta. Nesta sexta, o frio intenso diminui, mas a mínima fica em 4°C. As máximas são de 20 graus nos dois dias.
Vai nevar?
A meteorologista do Climatempo Josélia Pegorim disse à BBC News Brasil que, apesar de registrar temperaturas negativas, as três capitais do Sul não devem ter neve."Não basta o frio intenso para nevar. A neve é uma precipitação e precisa cair de uma nuvem. As condições para neve serão restritas aos dias 28 e 29 de julho, mas não há chance de ocorrer em Curitiba, por exemplo. Apenas no planalto e serra do Rio Grande do Sul e Santa Catarina", afirma.
Ela afirmou que a massa de ar desta semana será tão significativa que até mesmo algumas áreas no sul do Tocantins, da Bahia e do Pará sentirão uma queda na temperatura.
"Mas nessas regiões (essa massa) vai apenas aliviar o calor porque está muito quente. Teremos uma atuação bastante forte mesmo no continente, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste".
Por que tanto frio no Brasil?
Essa massa de ar frio vem da Antártida, passou pela Argentina, Uruguai e Chile e seguirá para O Brasil. Na Região Sudeste, as diversas rajadas de vento tendem a levá-la para os países mais ao sul da África.Meteorologistas ouvidos pela BBC News Brasil disseram que a passagem de massas de ar frio é comum nesta época do ano. No entanto, a magnitude e frequência desses fenômenos podem ter sido alterados pelas mudanças climáticas.
Segundo Francisco de Assis, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a massa de ar frio desta semana será a terceira de grande porte registrada em 2021. O mais comum, diz ele, é apenas uma ou duas massas de ar polar significativas por ano.
"Isso está associado à alta variabilidade climática e aquecimento global, que causam esses extremos. Da mesma forma que o frio extremo aqui, vemos o forte calor no Hemisfério Norte", afirma.
Autoridades se reúnem
Nesta segunda, o Ministério do Desenvolvimento Regional promoveu uma reunião on-line para discutir medidas para manter a segurança da população durante os dias de queda na temperatura.Defesas civis de diferentes cidades participaram do encontro. O objetivo é manter a segurança da população em situação de rua, indígenas, quilombolas e viajantes que podem ser surpreendidos nas rodoviárias, portos e aeroportos.