O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu com o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, em Brasília, nesta sexta-feira (6/8), para explicar a polêmica envolvendo o envio reduzido das doses de vacina Pfizer ao estado de São Paulo no início do mês. As doses a menos foram cobradas pelo governador João Doria esta semana.
Segundo o ministro Queiroga, o estado de São Paulo, na verdade, deve vacina ao Plano Nacional de Imunização (PNI). "Não de uma maneira culposa ou qualquer outra questão, é apenas em relação à base de cálculo [...]. Lá atrás, foi entendido que as vacinas produzidas no Butantan não precisavam ir para o centro de logística do Ministério da Saúde para depois serem distribuídas para o estado de São Paulo. [...] Então, em função disso, aponta-se que há uma recepção maior de doses da CoronaVac no estado de São Paulo", afirmou Queiroga em coletiva realizada após a reunião com Gorinchteyn.
"Se esses dados estiverem reais e efetivos, pedimos que possa ocorrer um desconto gradual e não abrupto para que não tenhamos nenhum prejuízo, principalmente em grupos etários importantes como o de adolescentes portadores de comorbidade e o de gestantes", rebateu Gorinchteyn.
Queiroga afirmou ainda que caso a informação de repasse reduzido de doses ao estado de São Paulo for confirmada, como acusou Doria, a compensação ocorrerá, mas de forma gradual.
Após o encontro, o secretário e o ministro afirmaram que a divergência entre as doses será resolvida no diálogo.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro