A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBM-DF) encontraram, nesta quinta-feira (12/8), a cabeça do jovem que foi brutalmente assassinado e decapitado em Brazlândia. Mateus dos Santos Sousa, 19 anos, foi morto a facadas e teve o corpo jogado em um córrego próximo à Ponte Maranata, a 200 metros de Águas Lindas de Goiás. O trio responsável pelo homicídio foi preso no Piauí.
Leia Mais
Cabo da PM mata jovem negro por achar que ele havia roubado seu celularBrasil notifica 975 mortes por covid em 24h; média móvel de óbitos segue em quedaBrasil tem 22,8% da população completamente imunizada contra a COVIDCOVID-19: Ceará exige teste negativo de viajantes ou vacinação completaPF apreende mochila com R$ 11 milhões em barras de ouroCOVID: Bahia deve exigir carteira de vacinação de candidatos em concursosEm diligências, os policiais em conjunto aos bombeiros encontraram a parte do jovem em estado avançado de decomposição. O crime aconteceu em 13 de maio e segundo o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), obtido em primeira mão pela reportagem, Mateus levou 125 facadas e foi degolado ainda com vida.
O jovem ficou sob o poder dos criminosos por cerca de 10 horas, como consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Assassinato
Em 12 de maio, Glaydston Adriano foi a um bar em Brazlândia, por volta das 19h, e começou uma discussão com a vítima. Em seguida, seus dois filhos entraram no estabelecimento, um deles portando uma arma de fogo e o outro com uma faca.
Com medo, Mateus correu para a parte residencial do bar, mas foi perseguido e esfaqueado. Ferido, ele foi arrastado e colocado no porta-malas de um carro, ainda com vida. Mesmo ferido, o jovem foi novamente esfaqueado. O dono do estabelecimento chegou a ser ameaçado pelo trio, caso denunciasse.
Após sequestrá-lo, os criminosos levaram Mateus até a Ponte Maranata, a 200 metros de Águas Lindas de Goiás (GO), onde o degolaram e jogaram o corpo no Rio Descoberto. O cadáver do jovem só foi encontrado às 10h50 de 13 de maio, mas a cabeça ainda não tinha sido localizada. Para o MPDFT, o homicídio foi cometido com uso de "meio cruel, uma vez que, segundo o laudo cadavérico, a vítima sofreu aproximadamente 125 lesões corporais especialmente na região torácica, além de ter sido arrastada e decapitada em vida, condutas que lhe causaram desnecessário sofrimento, revelando, por parte dos denunciados, brutalidade fora do comum, em contraste com o mais elementar sentimento de piedade".
Diante disso, o Ministério Público requereu a conversão da prisão temporária em preventiva, como "medida necessária para a garantia da ordem pública". O MPDFT destacou, ainda, que há provas suficientes da autoria dos crimes, tendo em vista os documentos produzidos e as declarações das testemunhas e familiares da vítima, além da confissão dos criminosos.