Em meio às tentativas de revalorizar o centro do Rio de Janeiro, o retorno de um ícone da arquitetura mundial como o Palácio Gustavo Capanema seria motivo de celebração. Mas a conclusão do restauro do edifício, após sete anos e R$ 100 milhões investidos, pode ocorrer sob críticas. Motivo: o governo poderá vender o prédio.
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Preso 'Vovô do tráfico', tentando fugir da polícia com 17 pedras de crackAdolescente dispara três vezes contra professor, mas arma falhaModelo matemático sugere uma redução do intervalo entre primeiras doses7 de setembro: grupos pró e contra Bolsonaro disputam Avenida PaulistaJá o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse que o Palácio Capanema não está à venda e nem recebeu proposta de compra de nenhum investidor. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Mac Cord disse que houve confusão em torno da lista de imóveis da União. Um abaixo-assinado virtual contra a privatização chegou a 17 mil apoiadores ontem de manhã.
A Lei 14.011, do ano passado, permite que qualquer imóvel federal receba uma proposta de aquisição. "À União compete, uma vez recebida a PAI (Proposta de Aquisição de Imóveis), avaliar se há ou não interesse na venda. Em caso positivo, também cabe ao governo impor obrigações aos compradores, principalmente, no caso de imóveis tombado", destacou o ministério em nota. O posicionamento, porém não convenceu os especialistas, Em leilão recente, um outro ícone carioca, o Edifício A Noite, foi a leilão e só não foi vendido por falta de interessados na reunião.
Protesto
A Alerj e o governo estadual chegaram a discutir uma possível proposta de compra conjunta do Palácio Capanema. Além disso, um ato contra a venda está marcado para amanhã. "Como se vende algo que tem valor imensurável?", indaga Nadia Somekh, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/BR). Para Sérgio Magalhães, professor da Universidade Federal do Rio (UFRJ), "ele é o mais importante edifício modernista construído no mundo no início do movimento". "Isso é um valor compartilhado internacionalmente." (Colaborou Anne Warth).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.