Jornal Estado de Minas

POLÊMICA CONTINUA

Milton Ribeiro: 12% têm grau de deficiência que é impossível a convivência

 
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a causa polêmica em relação às crianças com deficiência. Em visita ao Recife, ele afirmou que “é impossível a convivência com alunos com certo grau de deficiência nas escolas”. 





“Nós temos, hoje, 1,3 milhão de crianças com deficiência que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência que é impossível a convivência”, afirmou Ribeiro, que foi a Pernambuco para reinaugurar o Museu do Homem do Nordeste, fechado desde o início da pandemia do coronavírus.
 
 
Em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Cultura, Ribeiro disse que a presença de crianças deficientes atrapalhava os demais estudantes. Ele defendeu a criação de turmas e escolas especializadas que atendam apenas estudantes com deficiência.

“O que é inclusivismo? A criança com deficiência é colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia, ela ‘atrapalhava’-  entre aspas, essa palavra eu falo com muito cuidado – ela atrapalhava o aprendizado dos outros, porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para dar a ela, atenção especial”, declarou o ministro.




 
Ribeiro chegou a ter desavenças com o ex-atacante e senador Romário (PL-RJ), que tem uma filha, Ivy, com síndrome de down. Ambos bateram boca nas redes sociais. 

Em mais uma declaração controversa de Ribeiro na entrevista foi quando ele afirmou que “universidades deveriam ser para poucos”. “"Tenho muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber porque não consegue colocação devida. Se fosse um técnico de informática, conseguiria emprego, porque tem uma demanda muito grande.”
 

Polêmicas 

 
Milton Ribeiro foi escolhido para o posto em junho do ano passado, depois das passagens de Abraham Wientraub e de Carlos Docatelli, que ficou somente cinco dias no ministério. Ele já havia causado polêmica antes mesmo de integrar o governo de Jair Bolsonaro. Pastor evangélico, ele postou um vídeo de pregação em 2016 defendendo o castigo físico na educação de crianças. “Essa ideia de que muitas crianças são inocentes é relativa.”
 
Na sequência, ele explica que não está incentivando o espancamento infantil, mas afirmou que “a vara da disciplina não pode ser afastada da nossa casa”. 

Com a repercussão negativa do caso, ele apagou o conteúdo posteriormente.
 
O atual ministro também chamou a atenção ao comentar em uma pregação sobre a morte de uma mulher de 17 anos por um homem, de 33, que queria namorá-la. O caso ocorreu em 2013. "Ela pode ter dados sinais a ele de que estava apaixonada ou coisa do tipo, e que ela aprendeu, está acostumada a passar, e o cara entendeu assim. Só que não era nada daquilo", comentou. 




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