A SK Bioscience e a GlaxoSmithKline (GSK) anunciaram nesta terça-feira, 31, o início dos testes clínicos de fase 3 da GBP510, candidata da SK a vacina contra a covid-19, em conjunto com um adjuvante fabricado pela GSK. Cerca de 4.000 voluntários devem participar do estudo em vários países.
Os testes vão comparar a segurança e a geração de resposta imune da GBP510 com os da vacina de Oxford/AstraZeneca, uma das que estão em uso no Brasil. De acordo com o comunicado, será um dos primeiros testes de fase 3 (a mais avançada em estudos clínicos de imunizantes) a comparar duas vacinas contra a covid-19. Os laboratórios não detalham em quais países os estudos acontecerão.
Adjuvantes são substâncias farmacêuticas utilizadas para aumentar a resposta imune de uma vacina. Segundo comunicado da GSK, dados das fases anteriores de testes mostraram que a combinação da vacina com o adjuvante desenvolveu uma "forte resposta de anticorpos neutralizantes" nos participantes.
O número de anticorpos em voluntários que receberam o imunizante teria sido de cinco a oito vezes maior que o encontrado no organismo de pessoas recuperadas da covid-19. A GBP510 é feita de nanopartículas, e mira no receptor da proteína Spike do coronavírus.
A expectativa das farmacêuticas é de que a fase 3 se encerre no primeiro semestre de 2022, e que logo depois, com as devidas aprovações regulatórias, a vacina seja incluída no consórcio internacional Covax Facility, para distribuição global.
"Embora muitos países tenham feito um bom progresso na vacinação, ainda é necessária uma vacina acessível e barata contra a covid-19 para assegurar o acesso igualitário e proteger pessoas em todo o mundo", afirmou Thomas Breuer, chief global health officer da GSK.
A GSK tem colaborado com outros laboratórios no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. Em parcerias com a Sanofi e a Medicago, a empresa desenvolve candidatos a imunizante baseados em proteínas, também aplicados em conjunto com adjuvantes, e todos estão na fase 3 de testes. A fabricante acredita que, com o uso do adjuvante, será possível aumentar a produção de vacinas sem elevar, no mesmo ritmo, a quantidade necessária de proteína.
Com a CureVac, a companhia estuda vacinas de RNA mensageiro que poderiam criar imunidade contra novas cepas do coronavírus. Em paralelo, a GSK também estuda tratamentos terapêuticos contra a covid-19.
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