Ao entregar, nesta segunda-feira (30/8), o maior lote da vacina contra a COVID-19 CoronaVac ao Ministério da Saúde - 10 milhões de unidades -, o Instituto Butantan disse que não concluirá o envio das 100 milhões de doses da vacina para o governo federal este mês. O motivo é que a exclusão do imunizante no rol dos fármacos para serem usados como dose de reforço de idosos e imunossuprimidos fez com que o instituto mudasse a estratégia.
Leia Mais
Madrugada de explosões em caixas eletrônicos e carros incendiadosGSK e SK iniciam fase 3 de testes de candidata a vacina contra a covid-19Brasileiro morre após ser pisoteado por touro em rodeio nos EUAAnvisa suspende de forma cautelar mais de 12 milhões de doses da CoronaVacQueiroga: população adulta estará vacinada até o fim de outubroAlastrou: Delta já é detectada em mais de 80% das amostras no RioHomem invade casa, faz família refém e acaba preso'Está nos ouvindo', diz pai de mulher atropelada, após retirada de sedaçãoO contrato com o ministério previa a conclusão da entrega até o final de setembro, mas o instituto vinha afirmando que adiantaria as remessas até o final deste mês. Com a entrega de ontem, o Butantan soma 92,8 milhões de unidades da CoronaVac repassadas ao governo federal. A primeira parte do contrato, de 46 milhões de doses, foi concluída em 12 de maio. Para concluir a segunda, de 54 milhões de injeções, falta entregar cerca de 7,1 milhões.
O ministério anunciou, na última semana, que deve ser aplicada uma dose de reforço nos idosos com mais de 70 anos e pessoas imunossuprimidas, mas a vacina que deve ser usada preferencialmente é a da Pfizer. "Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou AstaZeneca", disse a pasta.
Na contramão do que diz o ministério, o governo de São Paulo anunciou, dias atrás, que a dose de reforço poderia ser feita também com a CoronaVac. Especialistas, porém, defendem a utilização apenas da Pfizer como a vacina de dose de reforço.
Covas disse que, dentro dessa nova realidade, a entrega será concluída antes do final de setembro, "o mais rapidamente possível". "Dentro dessa nova realidade, porque o Ministério tem a cada dia dado notícias no sentido de descredenciar a vacina (CoronaVac), então nós vamos repensar o cronograma", disse.