A servidora pública Tatiana Thelecildes Fernandes Machado, 40 anos, atropelada propositalmente pelo advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, 37, na última quarta-feira (25/8), teve a sedação retirada por médicos de um hospital particular neste domingo (29/8). O dreno da cabeça foi retirado no sábado (28/8).
Internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), a mulher segue entubada, mas apresenta alguns movimentos leves durante a recuperação do quadro de saúde, conforme explica o pai dela, Luiz Sérgio Machado, aposentado de 65 anos.
"O dreno da cabeça foi retirado, sim, mas ela ainda está entubada. A partir daí, começa a ter uma reação de saída desse processo. Ainda está dormindo, mas ela tem pequenas reações de mexer um pouco o braço e a cabeça. E ainda não abriu os olhos. A gente nota que ela está nos ouvindo de alguma forma", afirma.
Segundo apuração da reportagem, um neurologista informou à família que a evolução de Tatiana "está indo bem, dentro do esperado". O médico explica quem como a servidora estava com a sedação muito alta, de Propofol e Fentanil (dois analgésicos anestesiantes), a recuperação da paciente vai demorar, mas está "metabolizando bem".
Motorista preso
Na sexta-feira (27/8), a Justiça do Distrito Federal negou o pedido de habeas corpus em favor de Paulo Ricardo Milhomem, que atropelou Tatiana Machado Matsunaga, na QI 19, no Lago Sul. A decisão foi do desembargador Roberval Casemiro Belinati, da 2ª Turma Criminal, que considerou legítima a decisão de manter o acusado em prisão preventiva.
Os advogados do acusado, Afonso Neto e Leonardo de Carvalho, entraram com um pedido de habeas corpus para que Paulo Ricardo responda ao processo em liberdade. Na justificativa, a defesa alegou que o cliente buscou voluntariamente a autoridade policial para explicar os fatos, que se trata de réu primário e que tem bons antecedentes, além de residência física.
Paulo Milhomem está preso preventivamente no 19º Batalhão da Polícia Militar - conhecido como Papudinha e localizado no Complexo Penitenciário da Papuda. Ele foi preso depois de se apresentar à 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), pouco depois do atropelamento. Paulo pode responder por crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão.