O juiz Eduardo Lino Bueno Fagundes Júnior foi surpreendido por policiais à paisana da cidade de Curitiba, Paraná, na última quinta-feira (26/8). Por volta do meio-dia e meia eles tocaram a campainha da casa do magistrado, dizendo apenas que eram do Fórum Criminal. Assim que ele abriu a porta e se apresentou, recebeu voz de prisão.
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Justiça lança consulta pública para novo Plano de Políticas sobre DrogasJustiça mantém condenação, mas reduz pena de homem que torturou mulherEntidades do movimento negro entram na Justiça contra supermercadoSurpreso, o juiz que é conhecido na cidade e atua há dez anos na 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, pediu para ver o mandado de prisão. Os policiais, porém, disseram que não tinham o documento em mãos e acabaram mostrando um print na tela do celular.
O documento havia sido assinado pelo próprio magistrado duas horas mais cedo. O mandado de prisão era referente a um caso de furto e o nome do juiz aparecia no campo “juiz expedidor”.
Depois de constatado o erro de leitura, os oficiais do serviço reservado da Polícia Militar do Paraná pediram desculpas. Eles alegaram que o “setor de inteligência” é que havia passado a informação errada.
Apuração da falha
Procurado pelo portal Plural, de Curitiba, juiz Eduardo Lino Bueno Fagundes Júnior preferiu não comentar o caso. Segundo ele, tudo está será resolvido institucionalmente.
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) ainda está apurando a situação. Por meio da assessoria, o órgão afirmou que está verificando, junto com a Polícia Militar, como aconteceu a falha de comunicação para “providenciar a devida correção no fluxo do procedimento” e “evitar que situações similares ocorram.”
*Estagiária sob supervisão