A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagrou a Operação Captis, cumprindo mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão no Distrito Federal e no Estado de São Paulo, na manhã de quinta-feira (2/9), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DECOR). De acordo com a polícia, a organização criminosa praticava crimes de estelionato e lavagem de dinheiro, aplicando o chamado golpe do motoboy. O grupo atuava em território nacional.
A megaoperação contou com 130 policiais e ocorreu simultaneamente no Distrito Federal, São Paulo e Guarujá, para onde foram enviadas várias equipes do DECOR. A patrulha recebeu reforço da Polícia Civil do Estado de São Paulo. No total foram cumpridos 4 mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca, além da prisão em flagrante de um dos suspeitos pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.
Ainda no ano de 2018 a PCDF deflagrou a primeira fase da Operação Lothur, voltada a desarticular o grupo criminoso que atuava no DF aplicando golpe do motoboy. Os estelionatários se passavam por funcionários de instituições bancárias e informavam supostas fraudes nos cartões das vítimas, sobretudo de pessoas idosas. Eles ofereciam o serviço de motoboy para buscar o cartão da vítima nas residências. A partir disso, os criminosos retiravam dinheiro das contas das vítimas e efetuavam compras em grandes atacadistas, em especial de aparelhos eletrônicos, televisores e smartphones.
Na época, foram indiciados 12 membros que executavam os golpes em Brasília, exercendo a função de efetuar os saques e fazer compras com os cartões entregues pelas vítimas aos motoboys. Porém, a polícia não conseguiu identificar quem fazia as chamadas telefônicas.
As investigações continuaram e a PCDF identificou o grupo criminoso que coordenava a ação dos estelionatários do Distrito Federal, assim como em diversos outros espalhados por todo o país. A base criminosa era na cidade de São Paulo e além de ser responsável pela central telefônica, também detinha o controle de toda a movimentação financeira praticando o crime de lavagem de dinheiro.
Em 2018, eles frequentavam um pequeno lava-jato na capital paulista. Em dois anos, o grupo detinha uma rede de lojas de carros de luxo com faturamento de quase R$ 14 milhões.