O Instituto Butantan, que distribui a vacina CoronaVac no Brasil, divulgou nota neste sábado (4/9) para esclarecer a interdição de pelo menos 25 lotes da vacina, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a medida, a distribuição e uso de mais de 12 milhões de doses estão proibidos no Brasil. Os imunizantes suspensos foram envasados em uma fábrica não aprovada pelo órgão. A medida tem validade de até 90 dias, enquanto as demais seguem com uso liberado.
Em nota, o Butantan informou que "a medida da Anvisa não deve causar alarmismo". Afirmou ainda que foi o próprio Instituto que comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. "Isso garante que os imunizantes são seguros para a população", informou.
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Anvisa suspende de forma cautelar mais de 12 milhões de doses da CoronaVaccoronavirusbrasilSP e Rio são os únicos Estados que devem usar Coronavac como 3ª doseO Instituto também reforçou que "a vacina do Butantan é o imunizante mais seguro à disposição do Programa Nacional de Imunizações (PNI), por causa da sua plataforma de vírus inativado".
O Butantan defendeu ainda que todos os lotes liberados pelo instituto estão de posse do Ministério da Saúde, como firmado em contrato. "Reafirmamos, no entanto, que todas as doses que saíram da unidade fabril estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan", afirmou.
Suspensão
A Anvisa determinou neste sábado, a interdição cautelar de 25 lotes da vacina contra a COVID-19 Coronavac envasados em uma planta de produção não inspecionada. A distribuição e a aplicação das 12.113.934 doses exclusivamente destes lotes estão proibidas.
Em nota, a agência afirmou ter sido informada pelo Instituto Butantan sobre a situação em uma reunião na sexta-feira, às 16h, e, posteriormente, também por meio de um ofício.
A informação repassada pela instituição à Anvisa é que as doses foram envasadas (em frascos com uma e duas doses) em uma planta fabril da Sinovac (desenvolvedora da vacina) na China que não foi inspecionada e aprovada para Autorização de Uso Emergencial (AUE) no Brasil.
Além disso, outras 9 milhões de doses divididas em 17 lotes também fabricadas na mesma unidade não inspecionada estão em processo de envio e tramitação para o Brasil. "Nesses termos, a vacina envasada em local não aprovado na Autorização de Uso Emergencial configura-se em produto não regularizado junto à Anvisa", apontou em nota.
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