Os preços dos medicamentos para hospitais caíram, em média, 2,29% em agosto, encerrando a terceira queda seguida, de acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H). Calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pela Bionexo, plataforma por onde são transacionados mais de R$ 12 bilhões de negócios no mercado da saúde por ano, o IPM-H havia recuado 0,81% em junho e 1,90% em julho.
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"O avanço da vacinação e a redução da demanda sobre o sistema de saúde nacional, aliados à progressiva normalização da oferta de medicamentos, estão contribuindo para a acomodação dos preços nos últimos meses", avalia Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.
De acordo com ele, houve quatro momentos na pandemia que impactaram no preço dos medicamentos: o choque inicial de demanda, com aumento dos preços, no começo de 2020; o arrefecimento e queda na demanda, no fim do ano passado; a segunda onda, com novo aumento no início deste ano; e, finalmente, este momento de queda na demanda e novo recuo nos preços.
No acumulado do ano, de janeiro a agosto, os preços dos medicamentos foram aumentados em 9,93%. Essa alta do IPM-H foi influenciada pelos aumentos observados em quase todos os grupos de medicamentos incluídos na cesta do índice: sangue e órgãos hematopoiéticos, 19,70%; preparados hormonais, 16,72%; aparelho digestivo e metabolismo, 13,61%; sistema nervoso, 13,12%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, 13,00%; órgãos sensitivos, 10,47%; sistema musculoesquelético, 8,88%; aparelho respiratório, 6,13%; agentes antineoplásicos, 6,07%; anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 5,66%; e aparelho geniturinário, 4,06%.
Já em relação aos últimos 12 meses encerrados em agosto, a elevação apurada no IPM-H foi de 7,85%. Neste período as maiores variações foram nos medicamentos para o aparelho digestivo e metabolismo, 28,27%; sangue e órgãos hematopoiéticos, 23,80%; sistema musculoesquelético, 13,58%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, 13,42%; órgãos sensitivos, 9,62%; aparelho respiratório,7,10%; sistema nervoso, 6,51%; aparelho geniturinário, 5,84%; preparados hormonais, 5,25%; e agentes antineoplásicos, 4,21%.