Jornal Estado de Minas

REMÉDIOS

Preços de remédios para hospitais recuam 2,29% em agosto

Os preços dos medicamentos para hospitais caíram, em média, 2,29% em agosto, encerrando a terceira queda seguida, de acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H). Calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pela Bionexo, plataforma por onde são transacionados mais de R$ 12 bilhões de negócios no mercado da saúde por ano, o IPM-H havia recuado 0,81% em junho e 1,90% em julho.



O comportamento do índice no período foi influenciado pela variação negativa dos preços de quase todo os grupos de medicamentos incluídos na sua cesta, com destaque para os recuos registrados nos seguintes: aparelho cardiovascular, 9,91%; sistema nervoso, 8,34%; sistema musculoesquelético, 5,97%; preparos hormonais, 4,84%; anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 3,57%; aparelho digestivo/metabolismo, 2,29%; entre outros.

Em contraste, os únicos grupos que apresentaram elevação mensal nos preços em agosto foram imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, com alta de 2,86%, e agentes antineoplásicos, de 0,08%. Comparativamente, a variação mensal do IPM-H foi superada pelo comportamento do IGP-M, que teve alta de 0,66% em agosto, pela variação do IPCA, de 0,87%, e da taxa média de câmbio no último mês, em 1,84%.

"O avanço da vacinação e a redução da demanda sobre o sistema de saúde nacional, aliados à progressiva normalização da oferta de medicamentos, estão contribuindo para a acomodação dos preços nos últimos meses", avalia Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.



De acordo com ele, houve quatro momentos na pandemia que impactaram no preço dos medicamentos: o choque inicial de demanda, com aumento dos preços, no começo de 2020; o arrefecimento e queda na demanda, no fim do ano passado; a segunda onda, com novo aumento no início deste ano; e, finalmente, este momento de queda na demanda e novo recuo nos preços.

No acumulado do ano, de janeiro a agosto, os preços dos medicamentos foram aumentados em 9,93%. Essa alta do IPM-H foi influenciada pelos aumentos observados em quase todos os grupos de medicamentos incluídos na cesta do índice: sangue e órgãos hematopoiéticos, 19,70%; preparados hormonais, 16,72%; aparelho digestivo e metabolismo, 13,61%; sistema nervoso, 13,12%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, 13,00%; órgãos sensitivos, 10,47%; sistema musculoesquelético, 8,88%; aparelho respiratório, 6,13%; agentes antineoplásicos, 6,07%; anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 5,66%; e aparelho geniturinário, 4,06%.

Já em relação aos últimos 12 meses encerrados em agosto, a elevação apurada no IPM-H foi de 7,85%. Neste período as maiores variações foram nos medicamentos para o aparelho digestivo e metabolismo, 28,27%; sangue e órgãos hematopoiéticos, 23,80%; sistema musculoesquelético, 13,58%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, 13,42%; órgãos sensitivos, 9,62%; aparelho respiratório,7,10%; sistema nervoso, 6,51%; aparelho geniturinário, 5,84%; preparados hormonais, 5,25%; e agentes antineoplásicos, 4,21%.

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