O
furto de um fuzil no luxuoso hotel na área central de Brasília
, nessa segunda-feira (13/9), descortinou para a polícia uma história que envolveu amigos, orgia e o manuseio de um armamento perigoso, avaliado em R$ 14 mil. O suspeito de pegar a arma e levar para casa, no Lago Sul, se apresentou na 5ª Delegacia de Polícia e foi liberado em seguida. Ele pode responder pelo crime de furto e posse irregular de arma de fogo de uso restrito.
Após deixar os pertences na suíte, entre eles um fuzil modelo T4, da marca Taurus, o advogado viajou para uma fazenda, em Buritis (MG). No momento em que retornou, na segunda-feira, foi abordado por um funcionário do hotel, que o informou que ele precisaria repassar o nome de uma das mulheres que estava dentro do quarto. Sem entender o que estava acontecendo, os dois subiram até o quinto andar e bateram na porta.
As vozes ao fundo revelaram que havia pessoas no apartamento. Quando o homem abriu a porta, o advogado deparou-se com outras duas mulheres. O rapaz alegou que conhecia o proprietário do imóvel e, por isso, tinha a chave. Segundo as investigações, comprovou-se que o dono da suíte e o invasor eram realmente amigos, mas que o homem não sabia da locação.
Buscas por fuzil
O locatário, que é CAC (caçador, atirador e colecionador), encontrou a suíte revirada e sentiu falta do fuzil, que estava em cima do sofá, guardado em uma bolsa. Ao questionar os ocupantes do quarto, ficou sem resposta e acionou a Polícia Militar. O homem e as duas mulheres, no entanto, fugiram.
O Correio apurou que o homem levou o fuzil para casa quando saiu para comprar bebidas e cigarros, pois achou que a arma era do amigo. As câmeras do circuito interno de segurança captaram o trio saindo do quarto. As imagens foram mostradas ao proprietário da suíte, que reconheceu o colega. Os policiais dirigiram-se até a residência do suspeito, no Lago Sul, e foram recebidos pelo pai do homem. No endereço, encontraram o fuzil e levaram até a 5ª DP.
Na noite de segunda-feira (13/9), o suspeito apresentou-se na delegacia, prestou depoimento e foi liberado. Ele pode responder por furto e posse irregular de arma de fogo de uso restrito. O armamento passará ainda pela perícia. A reportagem procurou o Exército para saber se o advogado tinha permissão para manter um fuzil em um hotel, mas até a mais recente atualização desta reportagem não obteve retorno.