O Ministério da Saúde concluiu, ontem, o envio de todas as vacinas contra a COVID-19 necessárias para imunizar todos os adultos brasileiros com a primeira dose. Com isso, anunciou a redução do intervalo entre a primeira e a segunda doses da vacina da Pfizer, de 12 para 8 semanas. A mesma medida seria adotada com a vacina da AstraZeneca, como anunciado pela pasta em 25 de agosto, mas, diante do desabastecimento do imunizante, não foi possível antecipar a segunda aplicação.
Por causa do atraso no recebimento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), a Fiocruz ficou duas semanas sem entregar vacinas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Somente nesta semana, voltou a enviar doses ao governo federal, mas ainda em quantidade pequena. Foram liberadas 1,7 milhão de doses, e outras unidades devem ser entregues nesta semana. Segundo a Fiocruz, as remessas semanais estão garantidas até o fim deste mês.
O Correio questionou se o Ministério tinha um prazo para também encurtar o intervalo entre as doses da AstraZeneca, mas a pasta só informou que mantém o intervalo de aplicação de 12 semanas para o imunizante. Já no caso da Pfizer, a segunda dose poderá ser antecipada para oito semanas depois da primeira aplicação. O vídeo da campanha para informar a redução do intervalo foi divulgado ontem pela pasta. Mas a medida ainda não foi adotada de fato por todos os estados.
Ontem, em coletiva, o governo do estado de São Paulo informou que ainda não definiu como será feita a antecipação do intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer. "Nós recebemos a orientação de fazer antecipação a partir de hoje, porém, não recebemos doses para fazer essa antecipação", disse o secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
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