O presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta quarta-feira, 22, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que o país irá aumentar em 7,5 milhões o número de doses de vacinas contra a covid-19 doadas a países terceiros, valor que chegará agora aos 30 milhões, e que deve seguir aumentando, afirmou.
O plano do espanhol é priorizar a América Latina e o Caribe, região que foi especialmente afetada pelo vírus, lembrou Sánchez. Além disso, o presidente de governo defendeu uma possível suspensão temporária de patente para vacinas, e disse que tais direitos não podem ser um obstáculo para o combate à pandemia.
"Queremos ser principal agente para reforçar vínculo da União Europeia com América Latina", afirmou Sánchez, reforçando os laços do país com a região. O presidente de governo fez um discurso centrado na importância da cooperação internacional, e indicou ser "imprescindível uma recuperação mais igual" da crise atual. No caso da vacinação, lembrou que as atuais cifras da Espanha contrastam muito com as das nações com menos avanços nas campanhas, o que é um risco, uma vez que "não há muros e fronteiras para a saúde", sugerindo possíveis variantes.
Sánchez lembrou ainda que já não há espaço para negacionismo climático. O presidente de governo destacou a busca pela transição energética na Espanha, e afirmou que tais políticas podem criar 250 mil empregos ao ano no país. Segundo ele, 40% dos investimentos do fundo de recuperação da UE recebidos por Madri irão para transição energética. Sánchez anunciou ainda 30 milhões de euros ao fundo de adaptação contra as mudanças climáticas comum em 2022.
O presidente de governo ainda fez uma série de defesas da democracia, afirmando que a mesma está em risco, mas que é a única capaz de defender os direitos humanos.
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