O garoto de programa conhecido como "Hulkinho", preso na noite desta terça-feira (22/9), sob acusação de vender drogas em programas sexuais com clientes na capital federal foi investigado na mesma operação que prendeu Flávia Bernardes Tamaio, modelo e ex-capa da revista Playboy, mais conhecida como Pâmela Pantera.
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A reportagem apurou que Jean foi investigado na operação Rede, que desarticulou uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas. A modelo foi presa em julho do ano passado, em Vitória, após dois anos de investigação, que comprovaram que a garota de programa vendia drogas sintéticas e cocaína a clientes de alto poder aquisitivo do DF. Os dois não eram do mesmo grupo, mas se conheciam e agiam do mesmo modo.
Na operação desta quarta-feira, Hulkinho resistiu à prisão e chegou a jogar mesas e cadeiras sobre os investigadores. Tentou fugir, mas acabou detido.
Sentença
Pâmela Pantera foi condenada a oito anos de prisão pela 1ª Vara de Entorpecentes do Distrito Federal, em regime semiaberto, por venda de drogas e associação para o tráfico. Ex-capa da revista masculina Playboy, ela foi sentenciada por comercializar os entorpecentes ao fazer programas na capital. A condenação, porém, cabe recurso.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), pelo menos entre os meses de janeiro de 2018 e agosto de 2020, Flávia e Carlos Alberto Rivetti Levy, outro sentenciado no processo, associaram-se para traficar drogas. O homem foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado.
O processo diz que Carlos fornecia drogas à Flávia para comercializar entre os clientes que a contratavam para os programas. Em 19 de junho de 2020, a Polícia Civil apreendeu porções de maconha e cocaína, na casa da modelo, em Águas Claras. Em um hotel que ela havia se hospedado, no Plano Piloto, a polícia encontrou mais entorpecentes.