A campanha de multivacinação, com foco na atualização da carteira de imunização de crianças e adolescentes de até 15 anos, será iniciada nesta sexta-feira (1°/10), em todo o País. No Estado de São Paulo, serão oferecidos imunizantes que protegem contra mais de 20 doenças, entre elas: sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite, varicela e meningite.
No mutirão, os profissionais dos postos de saúde vão verificar a necessidade de doses de reforço, aplicação das vacinas em atraso e também de imunizantes que as crianças e jovens ainda não receberam.
Outro objetivo da campanha é aumentar a cobertura vacinal dessa população com as doses oferecidas gratuitamente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Os porcentuais têm apresentado queda nos últimos anos.
Em setembro do ano passado, o
Estadão
mostrou que o Brasil registrou os
piores índices de cobertura da série histórica nas principais vacinas no ano de 2019
, caso do imunizante contra a tuberculose (BCG), cujo porcentual de crianças imunizadas foi o menor em mais de 20 anos.
Neste ano, em evento da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), foram apresentados dados do Ministério da Saúde que indicaram que a cobertura de vacinação contra tuberculose e sarampo caiu durante a pandemia de COVID-19 e as taxas voltaram aos níveis da década de 1980.
A queda da cobertura vacinal pode levar ao reaparecimento de doenças que já estavam erradicadas, que podem causar sérias consequências para crianças e jovens e até a morte.
A campanha será realizada até o dia 29 de outubro e o "Dia V" será no próximo dia 16, quando os postos fixos e volantes vão funcionar das 8h às 17h.
Vacina contra COVID-19 para adolescentes
Os adolescentes de 12 a 15 anos que estão no calendário para imunização contra a COVID-19 não terão de intercalar as vacinas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. No caso da vacina contra a gripe, será necessário respeitar o intervalo de 14 dias entre os imunizantes.
Jovens apresentando sintomas respiratórios serão avaliados.
"Os profissionais estão orientados a fazer triagem com identificação de paciente com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e falta de ar. Os que apresentarem apenas tosse ou coriza poderão receber a vacina, com a orientação para procurar um serviço de saúde. A mesma recomendação será dada aos que apresentarem febre ou mau estado geral, e neste caso a aplicação da vacina precisará ser reprogramada até a recuperação do quadro clínico", informa a pasta.