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Estado de Minas SANTA CATARINA

Mari Ferrer: Justiça julga recurso contra André Aranha nesta quinta-feira

Em 2020, o empresário André Aranha, acusado de estuprar a influenciadora, foi absolvido em uma decisão polêmica


07/10/2021 10:50 - atualizado 07/10/2021 10:57

Influenciadora Mariana Ferrer acusa o empresário André Aranha de tê-la estuprado em 2018
Influenciadora Mariana Ferrer acusa o empresário André Aranha de tê-la estuprado em 2018 (foto: Reprodção/Internet)
Após mais de um ano da absolvição do empresário André Aranha, 45 anos, da acusação de estupro contra a influenciadora Mariana Ferrer, 24 anos, o recurso movido por ela pode ser julgado nesta quinta-feira (7/10) por desembargadores de Santa Catarina. Em setembro de 2020, o Tribunal de Justiça do estado concluiu que não houve dolo na ação do empresário pois não tinha como ele saber da vulnerabilidade da vítima.

A divulgação de trechos da audiência pelo jornal The Intercept, no entanto, mostrou cenas de humilhação a Mari Ferrer. O caso gerou a campanha #justicapormariferrer com milhares de compartilhamentos nas redes sociais e protestos pelo país. 

A repercussão do caso foi tão grande que este ano a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Mariana Ferrer, em tramitação no Senado, que garante proteção às vítimas de crimes contra a dignidade sexual. O projeto proíbe que vítimas e testemunhas sejam ofendidas em audiências.

Pelo seu perfil do Instagram, que conta com mais de 2,5 milhões de seguidores, Mari Ferrer faz várias publicações sobre o caso e pede justiça. Na última postagem, ela expôs um laudo psicossocial de estresse pós-traumático, ansiedade e síndrome do pânico.


Há duas semanas, Mari compartilhou fotos da infância com a família. "Para as sobreviventes que não tem a família completa ou não tem o apoio da mesma, saibam que eu acredito em vocês. eu estou com vocês e juntas formamos um exército imbatível de Deus. nunca se esqueçam disso, por favor! vocês são importantes", escreveu.


Relembre o caso


O estupro teria acontecido em 2018, no Cafe de la Musique de Florianópolis, em Santa Catarina. A modelo era embaixadora da casa na época. A Polícia Civil apontou André Aranha como autor do crime. A perícia indicou que houve conjunção carnal na noite relatada. No relato dela para a polícia, ela disse que teve um lapso de memória e que acredita ter sido dopada. A boate só forneceu dois vídeos a polícia, em que Mariana é vista com André Aranha saindo da casa. 

Em 2019, ela trouxe o caso a público pelas redes sociais. Em agosto de 2020, Mari Ferrer teve a conta do Instagram removida por um processo movido contra ela por André Aranha. A ação foi vencida por ela em primeira instância.

No vídeo da audiência, o advogado de defesa de André Aranha, Cláudio Gastão da Rosa Filho, mostrou fotos de Mariana de quando ela era modelo alegando que ela teria posado em "posições ginecológicas" e que estaria se utilizando da situação para se promover. 

Em julho deste ano, um grupo de 28 deputadas federais e uma senadora entrou com um pedido no TJSC para atuar como amicus curiae, ou "amigo da corte" no caso. O amicus curiae não é parte do processo, mas ele pode acompanhar de perto os trâmites.


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