O Ministério da Saúde informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado Federal que vai deixar de usar o imunizante CoronaVac para a vacinação em 2022. Segundo a pasta, dois fatores contribuíram para a decisão: o status de aprovação emergencial que a vacina mantém na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a "baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos".
A CPI protocolou um pedido de informação em 5 de outubro quando desistiu de ouvir pela 3ª vez o ministro Marcelo Queiroga. Foi solicitado “justificativa para a descontinuidade do uso da Coronavac em 2022, tal como anunciado”.
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O ministério destacou também que as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) são de competência tripartite que inclui União, estados e municípios e que, embora, seja competência do Ministério elaborar o contexto da vacinação, a execução do esquema vacinal depende dos demais entes federativos.
“O Supremo Tribunal Federal proferiu decisão ao explicitar que as medidas adotadas pelo Governo Federal não afastavam a competência concorrente nem a tomada de providências normativas e administrativas pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios em decorrência da pandemia”, declarou.
No documento, o ministério também afirma que prevê a necessidade de cerca de 73,7 milhões de doses de vacinas até o fim deste ano, incluindo 27,9 milhões de doses de reforço para a população maior de 60 anos; 8,2 milhões para trabalhadores da saúde; e 18,3 milhões para adolescentes.
A pasta destaca que há a previsão de entrega de 207,8 milhões de doses de imunizantes até o fim do ano (sendo 71,6 milhões da Astrazeneca, quase 100 milhões da Pfizer e 36,1 milhões da Janssen). Assim, nos cálculos do ministério, haveria uma sobra de 134,1 milhões de doses para 2022.
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